sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

é josé mas podia ser francisco


«Calculei o norte, fiei-me na sorte, dei uma de forte e fui
Contornei os velhos, contra e conselhos, cantos e canteiros fui
Descobrir o mundo ao fundo do jardim.

Desenhei um mapa, fiz dum pano a capa, fiz planos utópicos
Ao sabor dos ventos e dos mantimentos, em coca-cola e mentos, fui
Aos confins do mundo, ao fundo do jardim.

Desbravando mato, traçando o trajecto onde aponta o carapim,
Piquei-me num cacto, pisei rabo de gato, perdi-me pelo capim.

Vi o fim do mundo no portão do fundo, defendi a vida a pau,
Fugi dum insecto, pisei um dejeto, passei perto de um lacrau
Foi assim que eu vi, do mundo, os seus confins.

Só me resta a astúcia dum cão de pelúcia enquanto o sol desaparece,
E um Action Force que em código morse enviou um SOS,
Descobri a custo o fim do mundo assim.

Até que um rugido muito enfurecido fez tremer todo o jardim.
Será que é ciclone, algum dragão com fome ou bicho muito mais ruim?
Era a voz da minha mãe a perguntar por mim.»
josé by miguel araújo

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

estou sempre a dizer isto ao pai

«fica também assente que no amor e na guerra

 não se ganha nem se perde sempre, 

mas quem manda 

é mãe.»

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ainda sobre os bombeiros


está ou não está feliz o meu bombeiro sam?
no sábado, em mais uma visita ao quartel dos bombeiros, tivemos a sorte de encontrar um muito simpático e disponível que lhe mostrou tudo: carros, sirenes, luzes, botões, rodas, volantes, escadas, etc. deixou-o subir para o carro, e ele, ao princípio tímido recusou, mas quando eu lhe peguei ao colo e insisti (não queria mesmo que ele deixasse escapar esta oportunidade), foi isto que aconteceu. orgulho em estar no verdadeiro carro dos bombeiros.
e sim, ele andava com o chapéu na rua, qual gorro para o frio, qual quê.



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

a chucha já era

 esta é a última fotografia dele com chucha, dia 24 de janeiro de 2016.
no dia seguinte pedi a chucha e o óó para dar ao pai natal e ele, muito despachado, enquanto se preparava para ir fazer xixi, passou-me os seus tesouros para a mão e disse: 'toma, podes dar', repeti a pergunta só para não haver mal entendidos e ele reforçou o sim.
boa, temos aqui a oportunidade que queríamos. escondi logo as coisas na gaveta da minha cómoda e estão lá até hoje (acho que as devias lavar só para não apodrecerem de tanta baba e ranho que têm).

nesse dia à noite perguntou pelas coisas e eu respondi que o pai natal tinha levado porque ele me tinha dito. ele fez uma cara de encolher de ombros virtual, como quem diz, sim, é verdade e resignou-se. adormecer sem fitas e sem choros, serenamente. foi um milagre.

saí do quarto e peguei imediatamente do telefone para procurar uma loja de brinquedos aberta até tarde, para arranjar o que tínhamos combinado, o pai natal levava a chucha e deixava um brinquedo. lá foi o pai em busca do comboio thomas. trouxe esse e dois amigos e na manhã seguinte era natal outra vez.

as noites seguintes foram tranquilas e agora passado quase um mês continuam a ser. perguntou um, duas vezes por elas e nada mais. no outro dia perguntou só pelo boneco, mas acho que era um teste, tipo tenho saudades dele e é só para ver se a história se mantém.

tal como no desfralde, reafirmo: não temos que forçar nada, eles é que sabem quando estão preparados para crescer.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

12M





+ pesa pouco mais de 10kg, não sei quando mede (mas já vou corrigir), não tem dentes, usa fralda tamanho 4, calça 18 e veste 9-18m (e ainda algumas coisas 6-9m) ;
+ diz mamã e dá, ao mesmo tempo que estica a mão a pedir qualquer coisa;
+ bate palmas;
+ come muito bem, de tudo, mas tem um fraquinho por pão e bróculos;
+ consegue dormir a noite toda, mas acorda quase sempre por volta da meia-noite e invariavelmente vai parar à nossa cama;
+ anda muito bem agarrado a tudo e todos, mas está preguiçoso para andar sozinho, gatinha a velocidade supersónica;
+ quando lhe damos uma escova, penteia-se, quando lhe damos um telefone ou um comando, põe ao ouvido;
+ adora tomar banho e tem uma tara pela casa de banho, fugindo para lá sempre que nos apanha distraídos;
+ continua loiro;
+ já consegue encaixar coisas umas nas outras;
+ gosta de música e de instrumentos musicais (xilofone);
+ gosta de desarrumar prateleiras, esvaziar caixas e gavetas;
+ tem uma tara pelo comando da televisão, que quer sempre roubar ao irmão porque já percebeu que aquilo manda nos desenhos animados;
+ não liga quase nada à televisão, prefere andar a passear pela casa;
+ começou a prestar atenção aos livros;
+ adormece sentado ao nosso colo, alapado tipo koala e procura sempre pele para fazer ronha, o que significa vários micro arranhões no peito. também gosta de adormecer de mão dada e não tem especial carinho por nenhum boneco;
+ aguenta muito bem as investidas do irmão, que normalmente lhe vai roubar os brinquedos;
+ é o fã nº1 da cozinha de brincar lá de casa;
+ ri-se muito, sorri ainda mais, é muito charmoso e provocador;
+ e É.O.MELHOR.FILHO.DO.MUNDO!

atrasos, atrasos, atrasos

tanta coisa que está por escrever, outras tantas (menos) por fazer e é por isso que ando menos por aqui, mas com muita vontade de pôr tudo em dia.
a começar pelos posts do meses do francisco, pelas imagens do the 52 project, que tenho que ver se segue este ano (queria muito).

a vida tem corrido ligeira, com melhoras notórias no comportamento do joão, com menos rabugice da minha parte (de ambas as partes), com pouco frio (excepto hoje), com natação, passeios, muitas brincadeiras em casa, escola e trabalho.

finalmente tivemos uma semana inteira sem febre e pessoas em casa, foi a primeira do ano. foram quase dois meses com um com febre, tosses, ranhos, idas às urgências... depois do internamento do francisco, tudo é menos grave, uma febre é só mesmo isso, um ranho verde é mesmo só isso, não vamos alarmar, minha gente.

e ainda temos muita, muita vontade de mudar (não posso revelar como nem quando), e esperamos ansiosamente pelos dias de calor e quente na pele.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

somos todos bombeiros

por estes dias lá em casa somos todos bombeiros.
o joão é o sam (óbvio!), eu sou a patrícia, o pai é o chefe e o francisco é o elvis.
e ele encarna tanto e tão bem estas personagens que diz coisas como: 'patrícia, o elvis está na casa de banho.' ou 'chefe, anda cá ver uma coisa.'. é hilariante! 

ps: não se mascarou de bombeiro, era demasiado óbvio e esta panca chegou tarde demais. bem que andou a cobiçar um chapéu de bombeiro que viu na escola e que ainda tinha o preço (1€), o que me fez ainda ponderar ir procurar um maaaassss... já tinha outros planos.

ps: entretanto um colega da escola, sabendo da sua devoção profissional, deu-lhe um chapéu de bombeiro, porque tinha dois em casa. derreti de amor por esta atitude (editado após o carnaval)