terça-feira, 30 de agosto de 2016

mais um sábado de agosto em lisboa



foi ele que pediu para se sentar neste banco e convidou-me a fazer o mesmo.


 atrás dos pombos.

 sem pés e cheio de estilo. roubou os óculos ao pai e não os tirou mais.


yep! iniciei o joão nesta história das fotografias de família, ficava sempre eu de fora e isso tem que mudar.








segunda-feira, 29 de agosto de 2016

1ª SMS



directamente para o primo vasco.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

pequena aranhinha trepou p'lo quintal







num destes finais de tarde absolutamente quentes e melosos, decidi ir com os miúdos ao parque, já a pensar 'maria, aproveita que daqui a nada é inverno e aí tens tempo de ir para casa.' - uma boa motivação à antiga, está-se a ver.
eles andaram felizes e descalços, beberam água e molharam-se. e de repente, o joão chama-se e diz'mãe, olha a aqui o que eu consigo fazer' e eu só tenho tempo de olhar e vê-lo a voar de quase 2.50m de altura e o meu coração explodiu num misto de choque+supresa+p^nica+ai-caraças-que-ele-magoou-se.
nada disso! riu-se e voltou a fazer o mesmo.
assim de repente, já trepa a aranha sem ajuda, sem medos e é espectacular de ver. 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

quase três meses

nas vésperas de assinalar três meses sobre aquele dia, tudo continua envolto numa neblina espessa. muito espessa. e por mais que tente não lhe vejo o fim, pelo menos para já.

sendo unicamente racional há duas, e apenas, duas certezas: um avião caiu no mediterrâneo e o meu pai morreu. juntar estas duas frases numa só é uma golpada de ar gelado por todo o meu corpo. dói para caraças e parece surreal. aliás, é mesmo surreal.

no dia-a-dia não acredito que aconteceu, nas pequenas coisas começo a perceber que sim. há três meses que não há telefonemas nem mensagens nem chamadas de facetime com os netos, não há emails a perguntar como estamos e a dizer que está entre reuniões num qualquer país do centro de áfrica.

e a maior e mais dilacerante mágoa é o meus filhos terem perdido o que eu tenho a certeza que seria um avô espectacular.

contámos o que aconteceu ao joão na viagem a londres, em junho, num autocarro a meio de high kensington street, ele ao meu colo. ficou calado, perguntou se o avô estava sozinho e se tinha sido de comboio. respondi a ambas que não sabia porque não estava lá, estratégia mais que debatida e combinada com a educadora e a família. e o silêncio continuou. quase que juro que o senti suster a respiração durante uns segundos. depois quebrámos a conversa e mudámos de assunto. até hoje não falou nisto, nenhuma pergunta, nem mesmo quando vamos lá a casa. e de repente dei por mim a pensar se ele se esqueceu do avô ou se por empatia comigo deixou de falar nele. é certo que eu nuca mais falei do avô à frente dele(s), por medo e por não saber como iria reagir se ele me perguntasse alguma coisa. mas sempre que os vejo com roupa oferecida pelo avô ou a brincar com brinquedos oferecidos pelo avô levo uma bofetada, parece que são florescentes e saltam mais à vista.


em conversa com a minha cunhada sobre este assunto, ela comentou que o mais velho fala com naturalidade sobre isto, faz perguntas, tem dúvidas pertinentes, não se esqueceu do avô. e porquê? porque ele falam com ele sobre isso, não se acanham, não escondem que aquele brinquedo foi o avô que deu. e, de repente, alguma coisa mudou dentro de mim. é isso mesmo. não posso ter medo, não posso esconder que o avô existiu e que esteve connosco em certos sítios, que nos deu presentes, que nos telefonava e queria saber de nós. se eu não quero que eles se esqueçam do avô, tenho obrigação de falar nele, de perpetuar a sua memória. que coisa óbvia que me estava a escapar. prometi que da próxima vez que eles brincarem com o carro de madeira ou lerem o livro do crocodilo vou falar-lhes do avô. posso chorar, não vou esconder que é altamente provável que isso aconteça, ou pelo menos que se me embargue a voz, mas este acontecimento trágico tem que começar a ganhar traços de normalidade, aos poucos, um passo de cada vez. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

gulbenkian em agosto








viva o verão, os dias longos e toda essa lengalenga adorável e deliciosa do calor.
e viva ainda mais todos os minutos que posso passar com estes miúdos meus, bons que estão.

alperces

depois do susto que apanhamos quando voltámos de férias em junho, quando o francisco engoliu um caraço de alperce que até hoje não sei quando saiu, temos tentado tirar o caroço para ele comer esta fruta que tanto gosta.
digo temos tentado porque ele odeia alperces partidos ao meio, quer inteiros. não há volta a dar! até já fizemos um furo para tirar o caroço sem partir a fruta ao meio mas o rapaz percebe que já não está lá e rejeita a oferta. é hilariante e irritante ao mesmo tempo.

na 2ºf dei-lhe um alperce grande e rijo para ele começar a roer, com a ideia de lhe tirar o caroço logo a seguir. esqueci-me. ele fugiu, os outros rapazes puseram-se a desmontar a bicicleta que estava com o pneu furado, transformando a sala numa oficina e de repente, aparece o piolho, feliz da vida, todo besuntado e com o caroço na mão. tudo comida, ruído até ao tutano. fiquei assustada, aliviada e orgulhosa. 

dei-lhe outro alperce para ver qual era a técnica dele. então é assim: rói tudo de um lado, depois com a outra mão roda o alperce, volta a encaixá-lo na mão e continua a roer. e vai girando e encaixando até estar tudo, mas tudo mesmo, comido. só sobra o caroço.

quem lhe ensinou, não sei. se calhar até foi o instinto próprio, mas aqui esta mãe agradece.

e que os alperces continuem tão bons como têm estado este ano. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

tirada #12

-mãe, queres casar comigo?
- sim, quero casar contigo.
- então, amanhã, pode ser?

enquadramento: sábado temos o casamento do primo mais novo e tenho-lhe explicado o que é isso, dizendo que quando duas pessoas gostam muito uma da outra, casam-se. uma maneira tão simplista que resultou num pedido para mim. love, love, love this boy!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

tirada #12

ao colocá-lo na cama enquanto negociávamos a história da noite:

- eu conto-te a história e depois vou para a sala descansar, está bem?
- mas porquê?
- porque estou cansada e quero descansar um bocadinho no sofá.
- mas podes descansar aqui ao pé de mim...
- mas depois o pai fica sozinho e tu tens aqui o francisco, não estás sozinho.
- ele (o pai) está a chorar?
- não.
- o pai está triste? (por estar sozinho)
- não. mas a mãe quer conversar um bocadinho com o pai.
- mas podem vir conversar aqui ao pé de mim.


persistente o rapaz, hein?

19M











+ nas férias deu um pulo grande, em todos os sentidos, mas principalmente na fala. diz coisas tão estranhas como polvo (pôvo) e salto (sátu), diz não sempre precedido de 'hum', como se estivesse a ponderar a resposta;
+ se eu lhe digo 'gosto', ele responde 'di ti', no sotaque mais querido e doce de sempre;
+ pergunta sempre pelo 'uãum' quando não o vê por perto, até acorda a perguntar por ele;
+ pede para calçar sapatos assim que vê as movimentações para irmos sair e não gosta de ver a avó descalça cá em casa;
+ dá mergulhos e atira-se ao mar, sem medos;
+ os dias de praia fizeram-nos ainda mais loiro, assim num tom dourado claro e os olhos têm vibrações cinzentas;
+ avisa quando tem cocó na fralda ou está prestes a fazer. ainda experimentei pô-lo na sanita mas mandou-me passear, achou que era brincadeira;
+ pega nos dinossauros de plástico e vem contra nós, como se nos estivesse a morder com o bicho e ri-se às gargalhadas;
+ descobriu que se pode pôr manteiga no pão e quando vê o pacote na mesa já não come pão simples;

terça-feira, 2 de agosto de 2016

está todo trocado

valantar : levantar
capote : pacote
rufamentas : ferramentas
lôgu: lobo
fazu: faço
rubiçado : rebuçado
eu xugu: eu seguro
biliciqueta: bicicleta


a caminho dos quatro anos, são estas as principais trocas que ele faz a falar. sistematicamente.
e enquanto umas corrige à primeira, repetindo a nossa correcção, outros demoram séculos. 
a professora diz que só temos que nos preocupar aos quatro anos, mas é que os quatro anos estão já aí.



segunda-feira, 1 de agosto de 2016

the 15 moms you’ll meet when your kid starts school

«It’s a funny thing, but once your kid starts school, us moms kind of feel like it’s our first day, too. We may experience similar nerves in the drop-off line, hoping not to run into that one matriarch who insists on scheduling play dates every week, or the one who tries to rope us into a PTA meeting that afternoon. As moms, our level of school involvement differs—some of us prefer to fly under the radar, while others see their kid’s school as an extension of their own social lives. Every school (public, private, big, or small) has at least one of the stereotyped moms we’ve depicted below. Take a look—you may find yourself in some of the descriptions.
The PTA Mom- You’ve probably already met her, because she’s in charge of anything and everything school related, making her impossible to miss. She means seriously business and takes pride in organizing school parties, field trips, fundraisers, and meetings. It’s an important job and somebody’s got to do it, so we certainly appreciate her, but we may feel intimidated all the same.  She delegates who brings what, where, and when, and will fill up your email inbox with daily reminders and requests. Oh, and don’t even think about missing a PTA meeting without taking it up with her first!
The Know-It-All Mom- This mom usually means well, but she has a little too much pride in her “facts”. She is the one who provides all the wonderful unsolicited advice that we love to receive, and the first person to speak up if she finds out your kid hasn’t received his or her flu shot yet. This mom seems to pop up wherever the drama is, and can certainly be obnoxious with her all-knowing demeanor.
The Mean Girl Mom- This is the mom who transports you right back to high school. She’s the one who holds her nose up high, stares you up and down every time she sees you, and for some reason can never remember your name. She may be living vicariously through her child (cue Regina George’s mom in ‘Mean Girls’), not dressing her age, or simply being the snotty one we can’t help but want to avoid. She is most likely wrapped up in her own insecurities to show kindness to other women, so we would suggest wishing her well, but not going out of your way to befriend her. Who knows—she could just need some time to warm up and a little “kill her with kindness” goes a long way.
The Corporate Mom- You may not even recognize this mom when you see her because she’s busy juggling so many conference calls, meetings, and deadlines, that she’s quickly in and out. She’s sharply-dressed, has a coffee in one hand and a cell phone in the other, and is always in a hurry to get back to work.
The Athleisure Mom- You can spot this mom from a mile away. She’s dressed in head-to-toe Lululemon, and appears to be just coming from spin class or the gym. She can most likely be seen carrying a fresh green juice, or constantly sipping from her Nalgene water bottle. All we can say is, she’s either crazy-addicted to working out or wants everyone to think so. In any case—she’s comfortable in her own skin and we can’t help but be a little envious of her daily wardrobe.
The Church Mom- This is the mom who asks you if you were at Sunday service, and is not afraid to push her beliefs on you and your kid. She may openly let you know she’s praying for you, whether you asked her to or not. She’s very sweet and warm, but if you don’t share her same beliefs, a close friendship may not be in the cards.
The Minivan Mom- She’s got 6 kids and counting, and each and every one of them has a different extracurricular activity. She is always on time and attends every school function. She always has a smile on her face, appears in control, and shows no signs of stress. You don’t know how she does it, but she does, and we wouldn’t mind a lesson in keeping it all together.
The New Mom- Sweet, inviting, and stylish—this mom just moved to town and she’s always inquiring about mom groups, get-togethers, and play dates with her kids. She drives the wrong way in the pick-up line, shows up late to functions from getting lost, and clearly just needs a helping hand.
The Pajama Mom- This mom clearly has a “doesn’t give a sh*t attitude” and we love her for it! She can usually be spotted in an old t-shirt, her husband’s pj pants, flip flops, and a messy bun at every drop-off and soccer game. But don’t let her laid-back style fool you, she’s a diligent work-at-home mom who’s just really confident in herself. Get it, mama.
The Cool Mom- You thought you were hip before you met her, but somehow this mom always finds a way to one-up you. Her children wear the trendiest clothes and accessories, have the latest and greatest Xbox system, and all the other school kids want to play at their house. She probably has a pantry full of the best junk food, so expect your kid to come home from her house on a sugar high. This is the one you may fear once your kids reach high school, because she’s “not like a regular mom, she’s a cool mom”, and might be one of the gang rather than a trusting authority figure.
The Gossip Mom- Beware of this schoolyard big mouth. Anything and everything you say to her might as well be broadcasted over the school’s intercom. She most likely has too much time on her hands, and is therefore jumping at any opportunity to stir the pot. As moms, we are all protective over our kids, so remember that this one is not to be trusted and most likely doesn’t have your (or your kid’s) best interest in mind.
The Martha Stewart Mom- This mom is good at pretty much everything and is usually best friends with the PTA mom. Why? Because she bakes, makes, and crafts just about everything for each school function. Blueberry muffins? Check. Drama class props? Check. Her teenage daughter’s prom dress? Check. Is there nothing this woman cannot do?
The Granola Mom- This mom sends her little one to school with fresh, organic, vegan, gluten-free, non-GMO filled lunch boxes everyday and smells of patchouli and lavender essential oils. She’s soft spoken, au naturel, very kind, and has probably asked you about kombucha at least once.
The Dad Mom- We can’t leave out the very important and very involved dad. This dedicated father is either a single parent or pulling the weight for his hard-working wife. He’s at every drop-off, pick-up, meeting, and function, and still has time to play catch with his kids after school. And how he dresses like a GQ model, we’ll never know, but we applaud you, dad mom.»



voltámos de férias, mas gostava de voltar. já.