sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

a nossa equipa

I know that my work makes me a better mother and vice versa. Mindfulness is what I try to achieve in all the different aspects of my life. I try not to wear too many hats at once, but instead, remove one hat before putting on another. Trying to avoid the overlapping of all the aspects of life is almost impossible, but I find the key is to focus attention on what is the most pressing. When I feel pressured or pulled in many directions, I always ask myself what would matter most in five years. 
Christine Alcalay, mother to Thy-Lan, 13, Simone, 8, and Liem, 2.

 I’ve learned to be more focused when I’m at work and be present when I’m with my kids.
Anine Bing, mother to 5-year-old daughter Bianca and 3-year-old son Benjamin.

 But every day I get up and try to do the best I can.
Mo Clancy, mother to 7-year-old son Magellan

“I make a conscious decision to balance my time. When I’m home with the kids, my phone is away and my laptop is closed so I can really be present.”
Jenni Kayne, mother to Tanner and Ripley.

I learned that fear holds us back and that ultimately following our heart, we are always taken care of. It’s just about finding the right balance, budget, where we focus our energy, and what it is that truly makes us happy. I feel I have. As soon as I surrendered and trusted, things seem to fall into place. I certainly still have growth and challenges, it’s an ongoing process. But it’s all a part of growth and worth it.”
Angela Lindvall, mother to 14-year-old son Dakota and 11-year-old son Sebastian.

I try to embrace what each day brings. Some days I’m fully present, others I can’t get anything done. I no longer have any expectations and just roll with it. I find comfort and balance in that.”
Amanda Chantal Bacon, mother to 5-year-old son Rohan.


depois da manhã de hoje resolvi agarrar neste artigo que estava guardado há uns dias. confesso que é um tema que me interessa mas ao mesmo tempo um que não me diz muito, contraditório eu sei. mas eu explico: por um lado interessa-me saber como os pais fazem para organizar a vida familiar, como são os dias, as rotinas, as boleias, as comidas. há sempre truques e dicas úteis. por outro lado, acho que temos uma boa equipa montada  lá em casa e na grande maioria dos dias corre tudo bem. quase, quase que podia dizer todos os dias, mas é óbvio que há dias em que a coisa descamba, eles não tomam banho, a comida é comprada feita e adormeço com eles na cama. e o que interessa, no fim, é que estamos juntos e amanhã é diferente. 

hoje de manhã foi um desses episódios menos fixes. tive que mandar o pai seguir com o mais novo para a escola, que, by the way, foi escolher sozinho, à gaveta, o gorro que queria levar, disse-me um adeus fofinho à porta do elevador e lá foi feliz da vida. dizia eu, tive que mandar o pai avançar porque o joão estava em transe. birra monumental, por tudo e por nada: porque a manga da camisola estava a sair para fora da manga do casaco, porque queria levar dezenas de brinquedos e tralhas para a escola, porque queria bolachas, porque não queria leite nem iogurtes, porque não queria ir à escola. tudo, mas tudo serviu de pretexto para bater com os pés, para gritar e para chorar. e se eu consegui manter a calma a maior parte da cena, lembro-me que cheguei a dizer (em desespero de causa) que ele parecia uma miúda a guinchar. eu, que tento sempre não fazer juízos baseados no género, euzinha. caramba, aquilo saiu feio, mas saiu depressa e foi irracional... tal era o desespero. estou de certo modo descansada, e orgulhosa, posso dizê-lo abertamente, por não me ter passado, por não lhe ter dado nenhuma palmada, apenas um ligeiro apertão para lhe exigir que parasse de gritar no átrio do elevador. mandei o pai embora e entrámos novamente em casa. poisei a carteira e os sacos e inspirei fundo, bem fundo. estava tentar perceber o que é que aquele miúdo, o meu filho de 4 anos me queria dizer com estes gritos, estes pontapés, este desespero. não percebi, mas conseguimos sair de casa passado pouco tempo, mais calmos, com um iogurte líquido e uma palhinha, ainda ia havendo drama porque não tinha tirado a tampa toda do iogurte, mas chegamos ao carro. o caminho para a escola foi quase todo em modo-amuado mas depois saquei de mais um truque e chegou entusiasmado e a rir-se à escola. valha-nos os cd's de boa música e as brincadeiras-cumplicidades parvas e só nossas. 


comentei com a professora brevemente que ele anda zangado e que se irrita-me muito facilmente e ela confirmou que também já notou isso. temos reunião na 2ªfeira e vamos falar sobre estes episódios. somos uma boa equipa também e isso dá-me muita segurança e certezas. 

agora vamos animar que é 6ªfeira, há jantar fora logo à noite, com amigos num sítio da moda e temos dois dias inteiros para a equipa melhor de todas - a nossa. 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

malditos caninos








não parece, mas estava aflito com os caninos inferiores. aliás só se dava por isso à noite, porque durante o dia, tirando andar a roer roupa, mais propriamente as mangas, e a chucha energicamente, esteve sempre bem disposto. à noite baixava o demónio em forma de dentes afiados a romper gengivas fofinhas e pequeninas e o miúdo acordava e gritava que queria a luz acesa e vinha para a nossa cama fazer a jogada do frango-assado, também conhecida por estratégia pingue-pongue, ora vai contra a mãe, ora vai contra o pai. a noite toda nisto, incómodo como tudo. 

ainda fez um dia de febre alta, ficou em casa com o avô a dar-lhe o baile do costume e parece que agora acalmou. voltou a dormir a noite toda, descansadamente. 

mal posso esperar pelos caninos superiores.

tirada #17

- pois mãe, o fofinho é o animal de estimação da nossa sala. e ele fugiu da gaiola. viu a porta berta e fugiu.
- e que animal é o fofinho?
- é um 'astemer'.

para quem não percebeu é, aliás era, um hamster.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

três dias, três pessoas





entre os 94 anos que a minha avó m.teria celebrado - ontem, os nove meses sem o meu pai - hoje, e os cinco anos do meu primeiro sobrinho - amanhã, são três dias especiais. 
agarro-me à mais nova dessas três pessoas e aos primos dele - meus filhos, que nestes meses têm sido M.E.S.M.O. o meu (nosso) porto de abrigo e a minha (nossa) fonte de alegria.

ps: estão giros que se farta... 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

terapia do abraço


«É o remédio caseiro mais eficaz para tantas maleitas cá de casa. Cura doenças, cura asneiras, cura injustiças, cura feridas, cura a falta de tempo e de paciência. Cura a personalidade. Cura corpo e mente. Cura tanta coisa. A mesinha perfeita que tento por tudo usar e abusar em todos os momentos.
O abraço é quente, é forte, é confiante, é estável, é eficaz. Um abraço é tão pouco e é tanto.
A terapia do abraço não tem regras.
Só preciso esquecer o meu ego, a minha fúria, tristeza ou cansaço e abrir os braços. Não é difícil, mas às vezes, tenho de fazer um esforço para os descontrair. Estão firmes com as provações dos dias. Relaxo. Respiro. E procuro em mim a menina que procura compaixão.
E feito isto, é esperar que de lá chegue a maior empatia. [Que chega.] Chega o arrependimento e a vontade de se ser melhor.
O abraço não tem idade, não tem tempo, não tem limites.
Filho doente vive abraçado, apertado, embalado. [É o tal amor que cura.]
Filho zangado precisa de um abraço, mesmo que me apeteça a velha fórmula de zangar-me e pôr de castigo. Esse afastamento, inverso ao abraço, não resolve nenhum coração ferido, machucado, amassado.
Manhãs caóticas devem ser polvilhadas a abraços, apertados pelo tempo e pelas pressas, Mais apertados do que a zanga de abotoar os sapatos. Sempre preparados como a mochila do dia seguinte. [Não me posso esquecer.]
O abraço que desculpa, que perdoa, que motiva, que traz confiança.
O abraço tem nele respeito, tem entendimento, tem atenção, tem carinho, tem afeição. O abraço engloba e não afasta. O abraço forma, molda e adapta. O abraço une-nos.
Tenho de abraçar a asneira como abraço os talentos. A birra como abraço a alegria. O mau como abraço o bom. Com a força de que vai sempre ser melhor.
Tenho de abraçar quando estou atrasada, atarefada, assoberbada, tal como abraço quando estou relaxada, descansada e disponível.
Sei que desse calor nascem coisas boas, como uma semente, que não deixo ao acaso, e que espero ver crescer com raízes fortes e íntegras.
Tenho de fazer todos os dias as pazes com o abraço e abraçar-me, às vezes, também.»

é o texto perfeito para começar o ano. 
serviu-me que nem uma luva feita à medida, um gorro quentinho amarelo ou umas meias fofinhas ou bolo de chocolate.
tenho pensado muito nisto e feito ainda mais mas sei que posso fazer ainda melhor.