depois de dois meses de observações e recolha de dados, constatei o seguinte:
+ a quantidade de felicitações diminui drasticamente. são menos telefonemas, e-mails, postais e mensagens de parabéns, apesar de teres comunicado o nascimento da mesma maneira e às mesmas pessoas;
+ as visitas, quer no hospital, quer em casa, diminuem também;
+ consequentemente os presentes também sofrem - não há dinheiro, lembranças ou grandes ofertas para assinalar a chegada ao mundo;
+ não há celebrações com jantares ou almoços pomposos nem brindes com champanhe;
+ não há fraldas com o nome bordado.
em compensação:
+ já sabemos ao que vamos, por isso estamos mais relaxados e somos mais práticos: a quantidade de vezes que se lavam as mãos ou esteriliza a chucha é menor, assim como todos os outros salamaleques;
+ há mais fotografias do pequeno porque já não passamos duas horas a velar o sono nem demoramos 30 minutos a mudar a roupa ou uma hora a dar banho;
+ há mais mimos, beijos, abraços, colo e apertos, há mais namoro porque, lá está, estamos mais relaxados;
+ há o incrível e inegualável testemunho do amor entre irmãos, que é a melhor e maior certeza que isto faz sentido;
+ a avó tricotadeira tem inundado a criança de peças, a pedido da mãe que lhe sugere modelitos para reproduzir. temos casacos, camisolas, tapa-fraldas, botinhas e calções. a próxima aventura será um macacão ou fofo de malha, como preferirem chamar.