quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

carta aberta ao(s) meu(s) rapaz(es)


«Ponto número um: as mulheres não são todas iguais (e livrem-se, por essa vida fora, de usar a palavra "mulher" no plural quando falam com alguma). Repito: as mulheres não são todas iguais mas têm um insuportável número de características comuns.
No geral, as mulheres vão ser sempre muito mais inteligentes do que vocês. É uma coisa científica, não há nada a fazer. O cérebro não é maior, mas é mais complexo. Logo, a capacidade de vos levarem à certa será sempre muito maior do que a vossa, mesmo que vocês passem o tempo a acreditar no contrário.
Para além de muito mais inteligentes, as mulheres são, até aos 70/80 anos, muito mais crescidas: sabem mais, mexem-se mais e querem mais.Parecerá isto um elogio às mulheres mas é antes um aviso.
As mulheres querem príncipes, difíceis de conquistar. Não, as mulheres não querem cabrões. É aqui que vocês se baralham, mas eu explico. As meninas, as raparigas, as mulheres são para respeitar e tratar como verdadeiras princesas (rainha é a vossa mãe, combinado?).
Mas tratar uma mulher como uma princesa não significa que vocês deixem de fazer as vossas coisas, de gostar das coisas que sempre gostaram, de ter os vossos amigos e as vossas amigas. Não significa que não podem falar com a vossa mãe ao telefone todos os dias, ir de férias uns dias, ou aceitar uma opinião de uma mulher que não seja ela. Tratar uma mulher como uma princesa significa ser fiel, fiel mesmo, com todas as letras, mas não significa que deixem ter a vossa intimidade, o vosso espaço e as vossas passwords.
Há por aí muitas campanhas sobre violência doméstica. Vocês sabem que, se um dia batessem numa mulher, não teriam qualquer desculpa. Nem o meu amor - que, sendo incondicional, tem valores. Mas sabem, não se fala muito nisso mas há mulheres que batem nos homens, dizem que perderam a cabeça, que a culpa é vossa. Uma mulher não pode bater num homem, mesmo que tenha muito menos força. Uma mulher não pode dizer o que lhe apetece porque está com ciúmes - a isso chama-se violência psicológica.
Vocês vão sofrer de amor, exactamente como se escreve e mostra nos filmes que as mulheres sofrem. Não é vergonha nenhuma. Vocês vão morrer de amor. Mas prometo que sobrevivem.
E, da mesma forma que, se uma mulher diz “não” quando lhe querem tocar é para ouvir o “não”, se uma mulher te diz que “não”, não é talvez. É mesmo “não”. Se for fita, ela que explique melhor.
Não vão atrás de uma mulher que vos diz “não”. Se elas disserem talvez e vocês gostarem mesmo delas, corram, façam-se em merda para as conquistarem mas depois do “não”, acabou-se.
Se tiverem vontade de chorar por causa delas, liguem à mãe. Eu não sou de preconceitos mas nos filmes os príncipes não choram e as mulheres não gostam.

As mulheres são princesas mas vocês são príncipes. Não se esqueçam disso.»