Mostrar mensagens com a etiqueta cópias. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta cópias. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

quinta-feira, 11 de maio de 2017

moedinha nº1



«... tenho ideia que num primeiro filhos nós somos sempre piores pais.»

esta entrevista, que adorei ler, deu-me que pensar em relação à minha moedinha nº1.
este miúdo giro que me tira do sério como ninguém, que me faz ser melhor e menos boa, que leva comigo e me atura o mau humor só porque está ali mesmo ao lado e o pai está fora muitas vezes.
este meu amor primeiro e enorme.
e tudo o que ele quer é colo: 'sabes, mãe, podemos fazer como naquela outra noite em que me deste colinho?', perguntou ele ontem, referindo-se à noite anterior em que o deixei ficar mais de meia hora sentado ao meu colo enquanto estava sentada no chão, à beira da cama do irmão para o adormecer. é isto. só isto. colo.
que não estraga, eu já sabia. que não é demais, eu já acreditava pela quantidade de mimo e amor que lhes dou, pelas nódoas na roupa, pelas pedras e areia que trazem nos sapatos, pela facilidade com que se entregam às poças de chuva e de lama e agarram aos paus.

és feliz, tenho a certeza.
e eu contribuo para isso e, mais importante, faço parte disso. não me posso esquecer disto. 


quinta-feira, 27 de abril de 2017

trem bala


não é sobre ter
todas as pessoas do mundo pra si
é sobre saber que em algum lugar
alguém zela por ti
é sobre cantar e poder escutar
mais do que a própria voz
é sobre dançar na chuva de vida
que cai sobre nós

é saber se sentir infinito
num universo tão vasto e bonito
é saber sonhar
e, então, fazer valer a pena cada verso
daquele poema sobre acreditar

não é sobre chegar no topo do mundo
e saber que venceu
é sobre escalar e sentir
que o caminho te fortaleceu
é sobre ser abrigo
e também ter morada em outros corações
e assim ter amigos contigo
em todas as situações

a gente não pode ter tudo
qual seria a graça do mundo se fosse assim?
por isso, eu prefiro sorrisos
e os presentes que a vida trouxe
p´ra perto de mim

não é sobre tudo que o teu dinheiro
é capaz de comprar
e sim sobre cada momento
sorriso a se compartilhar
também não é sobre correr
contra o tempo pra ter sempre mais
porque quando menos se espera
a vida já ficou p'ra trás

segura teu filho no colo
sorria e abrace teus pais
enquanto estão aqui
que a vida é trem-bala, parceiro
e a gente é só passageiro prestes a partir


it's never too early to teach kids about consent

o joão tem, ultimamente, chateado bastante o irmão. agarra-o, espreme-o (raramente de forma amorosa), empurra-o, tira-lhe brinquedos e faz-se valer do tamanho e força maiores para o subjugar.
eu não gosto de ver, não gosto de ouvir os guinchos do mais pequeno e tento, a palavra é mesmo esta porque muitas vezes não consigo e a voz e o tom saem errados, dizia eu, tento dar-lhes instruções positivas, tendo guiá-lo sobre o que está a acontecer, do género: 'achas que ele está a gostar do que estás a fazer? quando ele está a chorar é porque não gosta.' ou 'gostavas que te fizesse isso=?'. 
o problema é que muitas vezes, já o admiti, não consigo dizer isto de forma pausada e construtiva, sai tudo a correr num tom acusatório e, claramente, não serve. 
hoje li este artigo e achei muito interessante as questões e, principalmente, as soluções apresentadas. como diz, e muito bem, são pequenas mudanças na abordagem e na linguagem que fazem a diferença e, com a preocupação que vou tento de os ver crescer - ando a ver a série '13 reasons why' e tem sido difícil digerir tudo aquilo - parece-me oportuno explorar estes assuntos. os dos consentimento+respeito, claro, não o suicídio e abuso na adolescência. lá chegarei...
«(...) it’s never too early to teach kids about consent. Here are five ways I’ve tried to show them how to respect themselves and others…
YOU’RE THE BOSS.

We often tell our boys that they’re the boss of their bodies — I love that it’s a clear, age-appropriate phrase (every kid understands the concept of boss!). If Toby wants privacy while getting dressed, I’ll say, “For sure, you’re the boss of your body.” If Anton doesn’t want to kiss grandma, I’ll say, “You’re the boss of your body; it’s up to you.” If they’re playing with another child who doesn’t want a hug, I’ll remind them, “He’s the boss of his body, you need to stop.” You can see how empowered each child feels — especially three-year-old Anton, who, as the little brother, is quite literally not the boss of anything else. :)

DON’T POUT.

The feminist writer Jessica Valenti, author of Sex Object, recently told me this eye-opening tip: “It’s important to normalize a healthy reaction to the rejection of affection. So, if I ask my daughter for a kiss on the cheek and she says not right now, I smile and say, ‘Okay!’ I want her to know that the appropriate reaction to saying ‘no’ to physical affection is saying fine and moving on. Not a guilt trip, not anger, not sulking.” It was a lightbulb moment. Before, when Anton didn’t want to cuddle, I’d playfully pout and beg for kisses — now I respect his decision and move on.

THERE ARE DIFFERENT WAYS TO SAY NO THAN JUST SAYING NO.

We have a great, straightforward children’s book called No Means No. But people don’t always have to say no in order to mean no. I encourage the boys to notice social cues and watch people’s body language — does it seem like the baby likes it when you squeeze her? Her face looks upset. That means you need to stop right away.

ASK FIRST.

My friend in San Francisco regularly tells her children, “It’s time to go. Do you want to ask Jenna if she’d like a hug or high five?” By phrasing it as a question, she lets both children decide if they want to embrace — or not. Those small linguistic changes can seem inconsequential, but think how much they might shift your perspective as you grow up into a pre-teen, teenager and adult — and when it comes to hooking up and sex. Now I’ve adopted her approach, too.

TALK OPENLY AND STRAIGHTFORWARDLY ABOUT BODIES, GROWTH, SEX, ETC.

I try to never seem grossed out or shy about anything to do with the boys’ bodies or mine. (For example, they’ve asked about my tampons on the bathroom counter, and I tell them matter-of-factly what they’re for.) By learning the correct words for their body parts, they’re empowered and able to speak directly about them, and they know they can come to me with questions and get an honest answer. My mom had the same approach when we were growing up, and I always felt so comfortable talking to her about anything that was on my mind.»


domingo, 19 de março de 2017

P.A.I.

«Nem todos temos a experiência de sermos pais, mas todos temos a experiência de sermos filhos. Mesmo aqueles que perderam os pais demasiado cedo ou nunca chegaram a conhecê-los, e até aqueles que foram abandonados ou mal amados sabem a importância dum pai. Na ausência ou em presença, pai é pai. A sua marca é indelével e a sua influência (ou a sua carência) estende-se pela vida fora.
Um verdadeiro pai ajuda a crescer, educa, estrutura o carácter, ensina coisas banais e especiais, tem paciência para ouvir, enche de confiança, mostra mundos novos, consola na tristeza, alegra-se com as alegrias, leva pela mão, protege, sabe sempre como espantar os medos e convocar a coragem, conta histórias antigas, fala dos avós e de outros tempos, diz coisas que mais ninguém diz e faz coisas que mais ninguém faz. Um bom pai faz perguntas directas, não evita as conversas difíceis, diz o que tem a dizer mesmo quando isso lhe custa e, tal como os bons mestres, espera que os filhos percebam mais à frente aquilo que nem sempre conseguem compreender ou aceitar de imediato.
Quem teve a sorte de ser filho de um bom pai sabe que é um homem capaz de tudo isto e muito mais. Capaz de ralhar e perder a cabeça, também, mas com a mesma verdade com que abraça e pega ao colo. Um homem aprende a ser pai com o seu primeiro filho, mas não se relaciona do mesmo modo com todos. Pode ter os mesmos critérios e tentar ser igualmente justo, mas se for realmente um pai bom, sabe que tem que ser único e especial para cada filho. E procura tratar cada um de forma diferente, justamente por serem todos iguais no seu coração. A igualdade nas famílias, como fora delas, mede-se pela forma diferenciada como cada um é tratado. À medida de cada um. Nem mais, nem menos.
Não ter pai ou não guardar a memória de um pai é um drama. Uma ferida que nunca sara e pode ficar aberta para sempre. Atravessar uma vida inteira sem a sua presença, ou perdê-lo demasiado cedo, é uma grande tristeza. Um pai faz uma falta terrível. Para tudo. Para dar colo, para ensinar a andar e até a nadar, mas também para orientar e dar exemplo. Para que os filhos possam aprender com ele a lidar com as conquistas, mas também a viver a dor e os sofrimentos. A mãe e outras pessoas igualmente queridas podem estar presentes nos momentos marcantes ou inaugurais dos primeiros passos, das primeiras braçadas ou das primeiras pedaladas numa bicicleta sem rodinhas, mas não é a mesma coisa. O orgulho de um pai, quando sente no filho a confiança para caminhar, para nadar ou para desatar a andar sozinho de bicicleta é inigualável. Todos os filhos pequenos mereciam ter um pai para estes e outros momentos de viragem, mas muito mais importante que tê-lo para as coisas inaugurais, é contar com ele para as gargalhadas e as lágrimas, sabendo-o próximo todos os dias, durante longos anos.
Infelizmente nenhum pai dura para sempre. Nunca saberemos quando será o seu último dia, mas esse dia chega muitas vezes quando menos esperamos. Acordamos com pai e adormecemos órfãos. Assim mesmo. E no momento em que o perdemos, percebemos que não estávamos preparados. Por mais velho que seja, parece que nunca é suficientemente velho para partir. Egoisticamente apetece que fique connosco muito mais tempo, até para podermos ainda reparar alguma coisa que, porventura, precise de ser reparada ou feita de novo. Ser pai e ser filho implica perdoar e ser perdoado. Exige aceitação e perdão, pois nenhum pai é perfeito e nenhum filho é sem mancha. E o tempo é, como dizia Yourcenar, um grande escultor. O tempo serve para nos afastarmos e voltarmos a aproximar, porque há realmente um tempo para tudo. E é esse tempo que apetece aproveitar, mas nem sempre nos é dado. Ou não é dado a todos na mesma medida.
Uma das grandes marcas que ficam para a vida são as memórias das conversas e dos abraços de pai, seja quando os pais são de abraçar com naturalidade, seja quando nem sequer têm facilidade para o fazer. Se o abraço demora ou custa a chegar, sabe ainda melhor. Mas tão vital como receber abraços é (re)aprender a dá-los. Na idade adulta a vida torna-se tão acelerada e tão exigente, que demasiadas vezes esses abraços ficam por dar. E muitas palavras ficam por dizer, também. Quando pais e filhos deixam de morar juntos, tudo se complica. As visitas nem sempre são regulares, a distância parece que aumenta (e em certos casos aumenta mesmo, de forma radical) e tudo é feito numa vertigem.
Acontece que os pais não são eternos. Não duram para sempre, embora nos custe acreditar nessa realidade. Se tivemos a sorte de ter uma vida longa com pais presentes e próximos, eles chegam a parecer-nos eternos. Mas não é verdade. Os pais morrem e nós nunca saberemos o dia. Essa é a nossa única certeza. Tarde ou cedo, quando acontece sentimos que o mundo se torna um lugar estranho. Ao perdermos o pai, perdemos protecção. Mesmo quando o pai não era de proteger os seus filhos ou, pelo contrário, os enchia de preocupações, a sensação é sempre de perda irreparável. Se era um bom pai, perdemos o nosso escudo protector, a nossa grande referência, o nosso maior e mais forte abraço. Se o pai não era como gostávamos que fosse, também perdemos a ilusão de um dia podermos chegar a um ponto de equilíbrio ou até de reconciliação (nem que fosse uma reconciliação com o pai real, deixando para trás o pai ideal ou idealizado).
Porque os pais morrem e nunca saberemos o dia, nem a hora, importa ter muito presente esta verdade. Faz diferença vivermos com esta certeza, para não nos acontecer deixar alguma coisa por fazer ou por dizer. O meu pai morreu na semana passada, quando absolutamente ninguém esperava. Moramos juntos nos últimos anos e vivemos todos na mesma casa durante o tempo suficiente para que nada de essencial ficasse por dizer ou fazer, mas mesmo assim a perda é irremediável. Por isso escrevo para que outros filhos e outros pais não se esqueçam de que tudo passa, menos o amor. No coração de um pai ficam para sempre gravados todos os gestos de amor, mesmo os mais ínfimos. No coração dos filhos também.»
gostei demasiado deste texto para não o partilhar. quero que os meus filhos o leiam quando souberem ler, quero que os meus filhos sintam o que eu senti quando o li. e já o partilhei com o pai dos meus filhos, para lhe dizer que ele é um excelente pai, é exactamente o que eu desejei para os meus filhos, ralha e abraça com a mesma verdade, brinca e ensina com o mesmo carinho e paciência. e isso enche-me de orgulho e amor. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

a nossa equipa

I know that my work makes me a better mother and vice versa. Mindfulness is what I try to achieve in all the different aspects of my life. I try not to wear too many hats at once, but instead, remove one hat before putting on another. Trying to avoid the overlapping of all the aspects of life is almost impossible, but I find the key is to focus attention on what is the most pressing. When I feel pressured or pulled in many directions, I always ask myself what would matter most in five years. 
Christine Alcalay, mother to Thy-Lan, 13, Simone, 8, and Liem, 2.

 I’ve learned to be more focused when I’m at work and be present when I’m with my kids.
Anine Bing, mother to 5-year-old daughter Bianca and 3-year-old son Benjamin.

 But every day I get up and try to do the best I can.
Mo Clancy, mother to 7-year-old son Magellan

“I make a conscious decision to balance my time. When I’m home with the kids, my phone is away and my laptop is closed so I can really be present.”
Jenni Kayne, mother to Tanner and Ripley.

I learned that fear holds us back and that ultimately following our heart, we are always taken care of. It’s just about finding the right balance, budget, where we focus our energy, and what it is that truly makes us happy. I feel I have. As soon as I surrendered and trusted, things seem to fall into place. I certainly still have growth and challenges, it’s an ongoing process. But it’s all a part of growth and worth it.”
Angela Lindvall, mother to 14-year-old son Dakota and 11-year-old son Sebastian.

I try to embrace what each day brings. Some days I’m fully present, others I can’t get anything done. I no longer have any expectations and just roll with it. I find comfort and balance in that.”
Amanda Chantal Bacon, mother to 5-year-old son Rohan.


depois da manhã de hoje resolvi agarrar neste artigo que estava guardado há uns dias. confesso que é um tema que me interessa mas ao mesmo tempo um que não me diz muito, contraditório eu sei. mas eu explico: por um lado interessa-me saber como os pais fazem para organizar a vida familiar, como são os dias, as rotinas, as boleias, as comidas. há sempre truques e dicas úteis. por outro lado, acho que temos uma boa equipa montada  lá em casa e na grande maioria dos dias corre tudo bem. quase, quase que podia dizer todos os dias, mas é óbvio que há dias em que a coisa descamba, eles não tomam banho, a comida é comprada feita e adormeço com eles na cama. e o que interessa, no fim, é que estamos juntos e amanhã é diferente. 

hoje de manhã foi um desses episódios menos fixes. tive que mandar o pai seguir com o mais novo para a escola, que, by the way, foi escolher sozinho, à gaveta, o gorro que queria levar, disse-me um adeus fofinho à porta do elevador e lá foi feliz da vida. dizia eu, tive que mandar o pai avançar porque o joão estava em transe. birra monumental, por tudo e por nada: porque a manga da camisola estava a sair para fora da manga do casaco, porque queria levar dezenas de brinquedos e tralhas para a escola, porque queria bolachas, porque não queria leite nem iogurtes, porque não queria ir à escola. tudo, mas tudo serviu de pretexto para bater com os pés, para gritar e para chorar. e se eu consegui manter a calma a maior parte da cena, lembro-me que cheguei a dizer (em desespero de causa) que ele parecia uma miúda a guinchar. eu, que tento sempre não fazer juízos baseados no género, euzinha. caramba, aquilo saiu feio, mas saiu depressa e foi irracional... tal era o desespero. estou de certo modo descansada, e orgulhosa, posso dizê-lo abertamente, por não me ter passado, por não lhe ter dado nenhuma palmada, apenas um ligeiro apertão para lhe exigir que parasse de gritar no átrio do elevador. mandei o pai embora e entrámos novamente em casa. poisei a carteira e os sacos e inspirei fundo, bem fundo. estava tentar perceber o que é que aquele miúdo, o meu filho de 4 anos me queria dizer com estes gritos, estes pontapés, este desespero. não percebi, mas conseguimos sair de casa passado pouco tempo, mais calmos, com um iogurte líquido e uma palhinha, ainda ia havendo drama porque não tinha tirado a tampa toda do iogurte, mas chegamos ao carro. o caminho para a escola foi quase todo em modo-amuado mas depois saquei de mais um truque e chegou entusiasmado e a rir-se à escola. valha-nos os cd's de boa música e as brincadeiras-cumplicidades parvas e só nossas. 


comentei com a professora brevemente que ele anda zangado e que se irrita-me muito facilmente e ela confirmou que também já notou isso. temos reunião na 2ªfeira e vamos falar sobre estes episódios. somos uma boa equipa também e isso dá-me muita segurança e certezas. 

agora vamos animar que é 6ªfeira, há jantar fora logo à noite, com amigos num sítio da moda e temos dois dias inteiros para a equipa melhor de todas - a nossa. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

terapia do abraço


«É o remédio caseiro mais eficaz para tantas maleitas cá de casa. Cura doenças, cura asneiras, cura injustiças, cura feridas, cura a falta de tempo e de paciência. Cura a personalidade. Cura corpo e mente. Cura tanta coisa. A mesinha perfeita que tento por tudo usar e abusar em todos os momentos.
O abraço é quente, é forte, é confiante, é estável, é eficaz. Um abraço é tão pouco e é tanto.
A terapia do abraço não tem regras.
Só preciso esquecer o meu ego, a minha fúria, tristeza ou cansaço e abrir os braços. Não é difícil, mas às vezes, tenho de fazer um esforço para os descontrair. Estão firmes com as provações dos dias. Relaxo. Respiro. E procuro em mim a menina que procura compaixão.
E feito isto, é esperar que de lá chegue a maior empatia. [Que chega.] Chega o arrependimento e a vontade de se ser melhor.
O abraço não tem idade, não tem tempo, não tem limites.
Filho doente vive abraçado, apertado, embalado. [É o tal amor que cura.]
Filho zangado precisa de um abraço, mesmo que me apeteça a velha fórmula de zangar-me e pôr de castigo. Esse afastamento, inverso ao abraço, não resolve nenhum coração ferido, machucado, amassado.
Manhãs caóticas devem ser polvilhadas a abraços, apertados pelo tempo e pelas pressas, Mais apertados do que a zanga de abotoar os sapatos. Sempre preparados como a mochila do dia seguinte. [Não me posso esquecer.]
O abraço que desculpa, que perdoa, que motiva, que traz confiança.
O abraço tem nele respeito, tem entendimento, tem atenção, tem carinho, tem afeição. O abraço engloba e não afasta. O abraço forma, molda e adapta. O abraço une-nos.
Tenho de abraçar a asneira como abraço os talentos. A birra como abraço a alegria. O mau como abraço o bom. Com a força de que vai sempre ser melhor.
Tenho de abraçar quando estou atrasada, atarefada, assoberbada, tal como abraço quando estou relaxada, descansada e disponível.
Sei que desse calor nascem coisas boas, como uma semente, que não deixo ao acaso, e que espero ver crescer com raízes fortes e íntegras.
Tenho de fazer todos os dias as pazes com o abraço e abraçar-me, às vezes, também.»

é o texto perfeito para começar o ano. 
serviu-me que nem uma luva feita à medida, um gorro quentinho amarelo ou umas meias fofinhas ou bolo de chocolate.
tenho pensado muito nisto e feito ainda mais mas sei que posso fazer ainda melhor.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

the best advice | o melhor conselho

no senda do terceiro filho, fica aqui mais este post sobre um assunto tão importante para mim.

«It was about this time, three years ago, that we started trying to get pregnant with Isla. Everett was around two years old and I, as a surprise to myself, was baby hungry like crazy. I found out I was pregnant on Christmas Day, and the following August, she arrived. I felt like their age spacing was SO PERFECT. I solidly stand by 2 years and 10 months as a perfectly ideal length of time to space one's children out and I would recommend it to anyone. Since we all know planning pregnancy down to the month is so controllable ...

Yet here we are again. My youngest is at that two year mark and because I've always known that we would have more than two, the timing of our third child has weighed heavily on my mind. We should. We should start trying. My problem has been that when I contemplate the newborn phase, I think, I JUST DID THAT. I just had a baby, I'm pretty sure yesterday. And the memory of my pants not fitting, is somehow more vivid than the first time around? And I'm also just not baby hungry. And maybe that's the whole thing right there. Isla's baby-hood still feels so completely present. Much more so than Everett's was. He was sleeping through the night, in his own bed at nine-months-old, whereas Isla co-sleeps with us and still adores nursing. I love that this part of her hasn't grown up yet. That I can watch her expand in personality and ability and intelligence, and somehow still keep her infant-like sense of newness around for myself. The lack of hair helps.


A few weeks ago, after giving myself a solid pep talk and a lecture on timing, I decided that I would get off birth control. I plopped myself on the bathroom counter while Tyson was in the shower and said, so what do you think? Should we? Now? Maybe? Yes?
If all of this was up to him, the man would've had another baby months ago, so my tentative suggestion was met with enthusiasm, and I thought, ok! Let's do it.

Then I called my mom on her birthday and told her that we were thinking about trying for another, because that's what mom's do on their birthdays: listen to you talk about yourself. I heard myself say baby and then add a million "buts" onto the end of my sentence.

But I'm not ready to share my body. But Isla's still nursing, and we're not totally done yet. But this means I'll have to get Isla out of our bed. But then I'll have to go back to not sleeping. But OMG three kids. Everyone says three is the hardest number to hurdle. But life is so nice now that Isla's starting to really embrace some independence.


And in the same train of thought say,

But Everett will be 6 by then so it won't be that crazy. And Isla is obsessed with babies, is generous with sharing me, and would handle the change like a champ. And I should just get the child bearing days over with so they can all grow up close. And this age gap! This age gap was perfect! They're best friends, and don't I want to give that gift to the next child? And also, what if it takes longer than we think it will to get pregnant. 

(Yes, it does take me an hour to fall asleep at night)

And then my mom, having listened to my buts, and being the wise sage that she is, gave me the best piece of advice that I never would've given myself. She said, "Don't should on yourself."

Don't should on yourself!

And also it's ok to give it a year. Because what's a year, really, in the scheme of things. It's nothing. A year is nothing. To get rid of the shoulds and replace them with the I wants and the I'm readys.

It may sound so terribly obvious but it was like a blazing light bulb went off in my head. Taking away my self-imposed timeline, gave me instant grace to allow a baby to come to us, but through my heart first. If that meant a month from now, six months from now, a whole dang year from now, it wouldn't matter. I could start trying to get pregnant whenever I felt ready and it all would be completely
totally
fine.

Until then, it's just me and my two little buddies up there, both of whom I am so thoroughly enjoying at the moment. Two and almost five - most stinking delightful ages in the world.»

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

estou sempre a dizer isto ao pai

«fica também assente que no amor e na guerra

 não se ganha nem se perde sempre, 

mas quem manda 

é mãe.»

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

é uma idade extraordinária

«Depois da exuberância dos 2 anos de idade, os 3 chegam com outro tipo de desafio.

São birras diferentes, que nos mostram, na maior parte dos casos, uma criança bem mais frágil e, simultaneamente mais agressiva.
Muitos pais questionam-se acerca da auto-estima da criança e fazem bem porque ela começa a ganhar uma consciência de si mais forte e, ao mesmo tempo, sente as emoções à flor da pele mas ainda não sabe lidar com a avalanche daquilo que sente e que lhe acontece.
Esta é, por isso, a altura ideal para começar a trabalhar não só a questão da auto-estima como também a literacia emocional.

Aqui ficam algumas dicas:
1. Quanto mais experiências positivas a criança tiver, mais forte será a sua auto-estima. E atenção - como positivas eu não quero dizer boas. A experiência pode ser má mas a forma como a criança vai olhar para ela (e aqui entramos nós para a encaminhar nesse olhar) fará dessa uma experiência positiva, entendes?

2. Literacia emocional - no meu livro Criança Felizes - o guia para trabalhar a autoridade dos pais e a auto-estima dos filhos, dedico um capítulo inteiro a este assunto. O que é a inteligência emocional? É a arte de tomar as melhores decisões. E nós só tomamos boas decisões quando sabemos o que sentimos porque todas as decisões são emocionais. Inteligência emocional é gerir as emoções porque não escolhemos o que sentimos mas podemos escolher a forma como reagimos ao que sentimos. E sim, claro, já estás a ver onde entra a literacia - é dando nome ao que sentimos que estamos a dar o primeiro passo para a gestão. Pega no livro e aproveita para trabalhar este tema com os teus filhos! Tão essencial!

3. Aos 3 anos é normal os miúdos choramingarem por tudo e por nada. Literalmente! Respira! Faz parte. E agora que sabes que faz parte, vais ajudá-lo. Como? Acolhendo os sentimentos e depois pedindo que te peça o que deseja num outro tom de voz.

4. Aos 3 anos é normal os miúdos preferirem uns tempos o pai e depois só a mãe. Não leves a peito, é mesmo assim. Eles estão a lidar com emoções tão intensas que numas fases sentem-se mais protegidos com um do que com outro. É com eles, não tem nada a ver contigo.

5. Aos 3 anos é normal a criança estar mais agressiva e zangar-se com facilidade. Diz-lhe que não deixas que ele te faça mal, nem ao mano. Acolhe as emoções e ajuda-o a ter outro comportamento. Diz-lhe, com todas as palavras, o que se espera e o que não se pode fazer, como morder. Aliás, o morder pode voltar a aparecer nesta idade. Porquê? Porque tem a ver com a intensidade daquilo que ele sente E também com a incapacidade que o teu filho ainda pode ter em exprimir-se. Diz-lhe que não se faz e sempre que vires que pode voltar a acontecer, muda-o de sítio ou de brincadeira. Não deixes a situação descarrilar. Prometo-te uma coisa: passa.

6. Aos 3 anos é normal os miúdos terem muitos amigos. Estão a descobrir quem são. Promove as amizades.

7. Aos 3 anos os miúdos começam com muitos porquês. Ainda não entraram a sério na idade de quererem mesmo explorar mas adoram fazer perguntas e falar - a linguagem é agora uma grande aquisição. Explora tu isso, também!

8. Aos 3 anos os miúdos têm uma fragilidade óbvia. Dá-lhes mimo e colo sempre que te for possível e lembra-te sempre disto: mimo a mais não estraga. O que estraga é a falta de limites. Aos 3 (e em todas as idades) eles precisam de mimo mais do que nunca porque se estão a descobrir, porque estão a descobrir quem são e o que sentem. E precisam mesmo muito que os acompanhes nesta fase.

É uma idade extraordinária!»

depois da reunião com a educadora no início da semana, ler isto fez com que as peças do puzzle se encaixem ainda mais. 
ele precisa de colo, precisa de mimos, precisa de ter a certeza absoluta e inabalável que eu e o pai gostamos dele e vamos estar sempre ao seu lado, seja para lutar com os super-heróis e construir pistas de comboios, seja para ensinar a comer com os talheres, seja para dizer pela centésima vez que não se pode deitar em cima do irmão (pelo menos enquanto ele for bebé).
e sim, é muito chato, pedires tudo a choramingar, mas eu gosto de ti à mesma. 




quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

suficiente

«à noite, quando me deito na cama e faço contas ao meu dia, percebo que na maior parte do meu tempo sou mãe. é um facto: entre o tempo que ajudo um a sair de casa, o tempo em que arranjo e levo o outro, as compras, as refeições, as marmitas, a roupa e a casa por arrumar, os banhos, os trabalhos de casa, a história antes de dormir e as rotinas de deitar. trabalhar em casa faz com que tudo se confunda: escrevo um texto e vou arrumar, escrevo outro texto e adianto o jantar, estou a pesquisar um assunto e ouço a máquina que acabou de lavar. ter tempo é muito bom. ter tempo para os meus filhos é compensador e tranquilizante. e faz-me muito feliz. mas [aquelas três letras que detesto] há dias em que me questiono se será suficiente, se serei suficiente, se terei valor para além desta missão de estar presente e constante na vida dos meus filhos. há exactamente um ano [Janeiro é sempre um mês lixado] procurei um emprego a tempo parcial que me ajudasse nas contas. foi muito desafiante, aprendi imenso, senti-me útil e valorizada. mas [lá vem o “mas”] ressenti-me muito em termos de disponibilidade porque, para além do emprego mantive todos os trabalhos que faço em casa. uns meses depois o G. disse-me que sentia a minha falta. e eu, incapaz de dar conta de tudo, aproveitei a palavras dele para ter coragem para tomar a decisão que adiava. Janeiro voltou e os medos e as angústias voltaram também. ontem, entre a roupa que pus a lavar, a roupa que estendi, os textos que terminei, o almoço e o jantar, as compras do que faltava, a fruta que descasquei e os  e os vários pães que barrei com manteiga debati-me entre a sensação que estou completa e feliz e este vazio que talvez não seja suficiente.»

a minha resposta:o que eu tenho a certeza é que eu não conseguia ser só mãe, não conseguia só tratar da casa e da roupa e das compras e da família, não sendo este só, uma desvalorização destes trabalhos incríveis. o só vem porque realmente para mim é preciso mais, preciso de mim e das minhas coisas, do meu trabalho ou hobbys ou o que lhe quiserem chamar. não consigo ser só a mãe, preciso da filha, da mulher e da amiga e de todas as outras eu. e tenho outra grande certeza, para não usar aqui o mas: gostava muito de trabalhar menos horas, num equilíbrio muito mais saudável de todos os meus eus.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

3 ways to make a fresh start


«Start with coffee. And a plan.

I envisioned bringing in the New Year with a spick and span house and everything in order. Of course, that didn't come to fruition and that's ok. I find myself attempting to reach that point of completion, where everything is clean and in its place, only to realise that it's a lofty goal and perhaps, one not suited to life with three young children. Our home is in a constant state of flux - jobs finished only to be undone within the hour. It's a dangerous ride if I wrap my emotions and ego up in those jobs because the undoing leads to frustration, disappointment, anger and a general sense of being entirely fed-up. It's not pretty and to be frank, not worth it. It is only housework, after all. 

I've come to the conclusion that I don't want to spend all my time cleaning and tiding and running in a perpetual circle for the next ten years of my life. It doesn't sound appealing and it most definitely isn't inspiring. So, I'm doing what I can, with the time that I have - it isn't perfect but it's relatively done. This new way of thinking goes against all my homemaking ideals but to quote the insightful Ms Gilbert in Big Magic: "Done is better than good." It's a damn good adage for this recovering perfectionist to hold dear.
There have been a few things that I've put to the top of my list over the last few days that have ensured this year (and this home) is off to a fresh enough start for 2016 - small jobs that make a big impact on my day-to-day. Want to join in? It doesn't take long! In fact, it takes less than an hour!

- clear your entryway (15 minutes). Renowned for being a dumping ground for all kinds of paraphernalia, the entryway is the first area in my home to start looking cluttered and messy. It's also the first thing I see when I arrive home and being greeted with such mess doesn't always make for the happiest of homecomings. So, I took to it with vengeance and put everything back in its place - shoes in the basket, hats on the rack, bags in the basket, books back to their rightful shelf and a quick dust and straighten-up.

- sort through your handbag (10 minutes). If your bag resembles a Mary Poppins tote you're not alone. The amount of stuff I was carrying around in my bag (this one for those interested) was nothing short of alarming. There was everything from sequinned cat's ears (dance concert) to teaspoons and a range of hair clips, receipts, pens, bank books and hand creams in between. Then of course there's always the nappy bag which saves me on many occasion. To begin, I sorted out my wallet (receipts for tax, receipts for the bin) and then worked my way through everything else, replenishing the essentials in the nappy pouch, too.

- clean the car (30 minutes). This is a great job to add to the "pocket money job list" if you have a child old enough. I begin by sending Che and Poet out to the car with an empty washing basket. It always, without fail, comes back brimming with stuff. If your children are anything like mine, even the shortest car trip requires books, beloved-can't-leave-anywhere-without-them toys and a range of clothing options in case the weather turns. Once that job is complete (and everything from the basket is in its rightful place) I tackle the car with the vacuum cleaner. As I bend my way around the car seats in the back (it's a tight squeeze with three!) I always, without fail, have trouble comprehending the filth of it all. This diagramwill resonate with many of you, I'm sure. Nappy wipes over the dash and in the coffee cup holders ensures the surfaces are good for the next month or so.»


Concordo tanto com os primeiros parágrafos. Entra como resolução minha, fruto destas duas semanas em casa.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

o que me faz mudar de ideias

é ver este blog e fotografias destas.
até suspiro...

terça-feira, 18 de agosto de 2015

alguém pensa o mesmo que eu sobre querer ter filhos rapazes

«(...) Nunca fui Maria Rapaz, não era o cor-de-rosa em atrofio que ansiava pela gestação de um macho, não era o histerismo pontual que me atirava para a conquista de um espaço mais azul, não era a falta de amor que pedia ao meu universo que se pontuasse com alguma masculinidade. Era a sensação pragmática de que havia um hemisfério a precisar da versão mais simples do ser mulher. Era um excesso de rímel traçado sobre as decisões, era muito salto alto, quando a vida pedia pé no chão.»
Isabel Saldanha in Maria Capaz

terça-feira, 11 de agosto de 2015

life with the third child


If you've come here in a moment of indecision and want to find an answer to your should we/shouldn't we dilemma, I'll be frank with you: the third child is pure joy.

I had so many reservations about having a third child and at every available opportunity I would ask mothers-of-three what it was really like. I blogged about it and received an overwhelming response and then I spent another few months working through my worries and letting go of my fears. I always knew that the leap from two to three would be a big one, based largely on the fact that Daniel and I were going to be outnumbered. And on days when the washing pile was daunting and my work emails were out of hand I was adamant that I was done with babies - fleeting, obviously.

Percy is now five months old, I'm officially back to work and the house is plodding along nicely. And while I could tell you about just how busy life with three is I would be lying if I didn't mention that it's good - really, really good. Regardless of thework of motherhood there are moments like this that tug at the heart and plant themselves firmly in my mind; beautiful memories made.

I'm not alone in thinking this, either. I had coffee with friends last week and three of us sat there bouncing a third-born on our lap. We spoke of the postpartum body, sleepless nights, tiredness, washing - all that stuff. But then we agreed that the angst we experienced in early motherhood didn't make an appearance with the third child. There's an element of calm that accompanies the third baby; you know just how fleeting babyhood is so you allow yourself the time and the space to soak it all in. You're also well-trained at turning a blind eye to the intricacies of housework and more willing to embrace the fact that good is good enough. As for the exhaustion - you're well and truly accustomed to it third time around.

But I'm all for complete honesty so here's a few things to consider if you are contemplating a third child:

> invest in a washing machine with a super quick cycle. I recently upgraded to an 8kg frontloader and it has both a 15min and 30min cycle. It has made the humdrum of washing so much quicker and easier. And yes, the amount of washing is unbelievable.

> declutter while you're pregnant. It's not everyone's priority but if you can embrace the attention to detail that accompanies your nesting inclinations, do so - it makes home life that much easier once baby is here. Basically, find a place for everything and put everything in its place.

> prepare meals in advance and remember that breakfast for dinner is always a good option.

> acknowledge that the first few months will be as beautiful as they are challenging; that phase of adjustment can be tricky. Be patient, take it one day at a time.

> drink coffee.

> embrace the crazy and know that there will be many, many times when all three children are whinging/crying at once. In this instance, laugh at the madness or cry along with them.

já enviei este texto ao marido para ele pensar no assunto com carinho.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

empatia

Tell us about that first concept: Using language choice to teach empathy.
“The first thing that is crucial to remember when teaching empathy is that our children are mirroring us. The kind of language we use is so important. How do you describe others? Are you understanding or judgmental? Tolerant or shaming? These are all things children are copying. Talking badly about others in front of kids and saying things like ‘She is mean,’ ‘He is selfish,’ ‘She is so annoying’ is not empathic language because it isn’t recognizing the emotions behind the action—it’s labeling. In Denmark, you almost never hear parents talking negatively about other children in front of their children. They are always trying to find ways to get their children to understand another child’s behavior without a negative label. If you remember that all children are fundamentally good and there is a reason behind all behaviors, this helps us naturally find the good in others. This makes us feel better because it teaches ‘reframing’—another Danish Way concept that improves happiness. We can help our children find the reasons behind the labels ‘He is annoying? Do you think maybe he is hungry? Or could he be tired because he missed his nap? You know how it feels be to be hungry and tired, right?’ ‘She is mean? It sounds like she had a bad day at school. The other day you said she was sweet. She is actually sweet, right?’ Helping children understand the feelings behind behaviors and leading them to a kinder conclusion is teaching empathy. It operates on the same neural pathway as forgiveness and it fosters more trust, cooperation, and a much better sibling relationship if you have more than one child. And don’t forget that parents have to have empathy for themselves sometimes, too. Parenting is hard and we don’t always get it right and that’s ok. Being understanding and forgiving of ourselves makes us better at forgiving our children and others.”
Explain the concept of self-regulation.
“Before we can be good at recognizing the emotions of others, we have to be able to understand our own emotions. Parents sometimes tell children what they think they should or shouldn’t feel. They override them. If they are sad, angry, hungry, cold, or upset, some parents tell them ‘No, you aren’t,’ ‘Don’t be sad,’ ‘You have no reason to be angry,’ ‘You should be hungry, eat!’ Telling children how they should feel is not letting them learn to self-regulate their own feelings. As parents, we have to give our children trust so that they can learn about their own emotional boundaries. This builds a stronger sense of self, which is paramount to self-esteem down the road. When they are older they will be less afraid to say ‘no’ when their boundaries are pushed because they will trust themselves to make the right decision based on what they feel. This is such an important lesson to teach children. We can help them with the language use, but we need to trust them so they can trust themselves. Remember, there are no good or bad emotions. There are just emotions.”
Finally, what kind of stories can we read our children to help teach empathy?“Read all kinds of stories to children, not only happy ones. Talking about difficult emotions in books can be a fantastic way to build empathy. Many Danish children’s books are shocking by American standards with the topics they cover, but studies have shown that reading about all emotions increases a child’s ability to empathize. The original Little Mermaid, which is a Danish story, doesn’t get the prince in the end, but rather dies of sadness and turns into sea foam. That opens up quite a different kind of discussion! But it is incredible how receptive children are. They want to talk about all kinds of things. It seems to be more difficult for adults sometimes than for children. Remember, they are mirroring our discomfort. If we talk about life’s peaks and valleys in a non-dramatic way, our children will be more resilient in the long run. Books are a great way to teach empathy.”