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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

vindimas 2017








a nossa 12ª vindima acabou assim.
começou mais cedo, ainda agosto ia a meio e parece que passou a correr.
este ano foi fácil, se é que se pode dizer isso. estar a trabalhar ao lado de casa, muito mais calma e em paz, fez toda a diferença. tive cabeça e pachorra para cozinhar, limpar, mimar. dançar e cantar, ir ao parque fazer piqueniques de improviso, brincar com os primos, preparar lancheiras personalizadas.

eles crescem e também facilitam o processo. entretêm-se mais sozinhos, comem sozinhos, tomam banho e ficam a brincar para eu fazer tudo o resto, ajudam dentro do possível. 

a dinâmica está bem organizada e rotinada, gosto disso.
e gosto destes três. muito. 



quinta-feira, 14 de setembro de 2017

domingo, 3 de setembro de 2017

voltar onde se tem medo









quando voltas a um sítio onde tinhas medo de voltar por causa das memórias, mas o que recebes é tão maior.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

19 maio :: 1 ano


há um ano a minha vida mudou para sempre.

querido pai, se soubesses a saudades que eu tenho tuas.
da tua voz do outro lado da linha num qualquer país distante e com falhas de rede, da maneira como falavas com os teus netos, o tom de voz feliz que usavas para os fazer rir. 
as tuas mãos. consigo ver as tuas mãos tão bem, como se lhes tivesse pegado ontem.
sento-me no teu lugar à mesa, na casa que foi tua, porque assumi para mim esse lugar que ninguém quis ocupar, por medo e tremo de cada vez que o faço.
ainda não consegui ir à casa do alentejo, que sei ser o teu sonho.

mas passou um ano e fomos à comporta, a tua praia preferida e onde, ao largo, repousas.

é dura, muito dura a tua ausência. e eu estou triste porque não a resolvi, porque não arrumei as ideias nas gavetas certas e porque (ainda) não chorei a tua perda. fico zangada porque não estás a um telefonema de distância. fico zangada por ser dona legítima de três casas, fico zangada por ter dinheiro no banco e fico zangada por não conseguir ouvir esta música da adele

não quero nada disto, quero apenas pegar no telefone e saber que vais atender do outro lado. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

três dias, três pessoas





entre os 94 anos que a minha avó m.teria celebrado - ontem, os nove meses sem o meu pai - hoje, e os cinco anos do meu primeiro sobrinho - amanhã, são três dias especiais. 
agarro-me à mais nova dessas três pessoas e aos primos dele - meus filhos, que nestes meses têm sido M.E.S.M.O. o meu (nosso) porto de abrigo e a minha (nossa) fonte de alegria.

ps: estão giros que se farta... 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

terapia do abraço


«É o remédio caseiro mais eficaz para tantas maleitas cá de casa. Cura doenças, cura asneiras, cura injustiças, cura feridas, cura a falta de tempo e de paciência. Cura a personalidade. Cura corpo e mente. Cura tanta coisa. A mesinha perfeita que tento por tudo usar e abusar em todos os momentos.
O abraço é quente, é forte, é confiante, é estável, é eficaz. Um abraço é tão pouco e é tanto.
A terapia do abraço não tem regras.
Só preciso esquecer o meu ego, a minha fúria, tristeza ou cansaço e abrir os braços. Não é difícil, mas às vezes, tenho de fazer um esforço para os descontrair. Estão firmes com as provações dos dias. Relaxo. Respiro. E procuro em mim a menina que procura compaixão.
E feito isto, é esperar que de lá chegue a maior empatia. [Que chega.] Chega o arrependimento e a vontade de se ser melhor.
O abraço não tem idade, não tem tempo, não tem limites.
Filho doente vive abraçado, apertado, embalado. [É o tal amor que cura.]
Filho zangado precisa de um abraço, mesmo que me apeteça a velha fórmula de zangar-me e pôr de castigo. Esse afastamento, inverso ao abraço, não resolve nenhum coração ferido, machucado, amassado.
Manhãs caóticas devem ser polvilhadas a abraços, apertados pelo tempo e pelas pressas, Mais apertados do que a zanga de abotoar os sapatos. Sempre preparados como a mochila do dia seguinte. [Não me posso esquecer.]
O abraço que desculpa, que perdoa, que motiva, que traz confiança.
O abraço tem nele respeito, tem entendimento, tem atenção, tem carinho, tem afeição. O abraço engloba e não afasta. O abraço forma, molda e adapta. O abraço une-nos.
Tenho de abraçar a asneira como abraço os talentos. A birra como abraço a alegria. O mau como abraço o bom. Com a força de que vai sempre ser melhor.
Tenho de abraçar quando estou atrasada, atarefada, assoberbada, tal como abraço quando estou relaxada, descansada e disponível.
Sei que desse calor nascem coisas boas, como uma semente, que não deixo ao acaso, e que espero ver crescer com raízes fortes e íntegras.
Tenho de fazer todos os dias as pazes com o abraço e abraçar-me, às vezes, também.»

é o texto perfeito para começar o ano. 
serviu-me que nem uma luva feita à medida, um gorro quentinho amarelo ou umas meias fofinhas ou bolo de chocolate.
tenho pensado muito nisto e feito ainda mais mas sei que posso fazer ainda melhor.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

a minha mãe a construir (novas) memórias do meu pai

«bom dia,
faz muitos e muitos anos  (41) hoje, que o vosso pai estava muito contente, pois o país dele tornou-se independente.
grandes ilusões e desilusões.
bjos
mãe»

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

os pais vistos pelo código civil

como sou teimosa e ando a pesquisar legislação para esclarecer uma coisa, dei por mim a ler o código civil - decreto-lei nº 47344/66, de 25 de novembro - e as suas 69 actualizações até à data. a última é de setembro de 2015, já deve estar a caducar, também... adiante. 
comecei eu a ler este monumental conjunto de páginas que rege a nossa vida civil e dei de caras com estas preciosidades:

Artigo 1874.º - Deveres de pais e filhos
1. Pais e filhos devem-se mutuamente respeito, auxílio e assistência.
2. O dever de assistência compreende a obrigação de prestar alimentos e a de contribuir, durante a vida em comum, de acordo com os recursos próprios, para os encargos da vida familiar.

Artigo 1877.º - Duração das responsabilidades parentais
Os filhos estão sujeitos às responsabilidades parentais até à maioridade ou emancipação.
Artigo 1877.º - Duração das responsabilidades parentais
Os filhos estão sujeitos às responsabilidades parentais até à maioridade ou emancipação.
Artigo 1878.º - Conteúdo das responsabilidades parentais
1. Compete aos pais, no interesse dos filhos, velar pela segurança e saúde destes, prover ao seu sustento, dirigir a sua educação, representá-los, ainda que nascituros, e administrar os seus bens. 
2. Os filhos devem obediência aos pais; estes, porém, de acordo com a maturidade dos filhos, devem ter em conta a sua opinião nos assuntos familiares importantes e reconhecer-lhes autonomia na organização da própria vida.
Artigo 1879º - Despesas com o sustento, segurança, saúde e educação dos filhos
Os pais ficam desobrigados de prover ao sustento dos filhos e de assumir as despesas relativas à sua segurança, saúde e educação na medida em que os filhos estejam em condições de suportar, pelo produto do seu trabalho ou outros rendimentos, aqueles encargos.

Artigo 1879.º - Despesas com o sustento, segurança, saúde e educação dos filhos
Os pais ficam desobrigados de prover sustento aos filhos e de assumir as despesas relativas à sue segurança, saúde e educação na medida em que os filhos estejam em condições de suportar, pelo produto do seu trabalho ou outros rendimentos, aqueles encargos.
Artigo 1882.º - Irrenunciabilidade
Os pais não podem renunciar às responsabilidades parentais nem a qualquer dos direitos que ele especialmente lhes confrere, sem prejuízo do que neste Código se dispõe à cerca da adopção.
Artigo 1885.º - Educação
1. Cabe aos pais, de acordo com as suas possibilidades, promover o desenvolvimento físico, intelectual e moral dos filhos.
2. Os pais devem proporcionar aos filhos, em especial aos diminuídos física e mentalmente, adequada instrução geral e profissional, correspondente, na medida do possível, às aptidões e inclinações de cada um.
Artigo 1886.º - Educação religiosa
Pertence aos pais decidir sobre a educação religiosa dos filhos menores de dezasseis anos.
Artigo 1887.º - Abandono do lar
1. Os menores não podem abandonar a casa paterna ou aquela que os pais lhes destinaram, nem dela ser retirados.
2. Se a abandonarem ou dela forem retirados, qualquer dos pais e, em caso de urgência, as pessoas a quem eles tenham confiado o filho podem reclamá-lo, recorrendo, se for necessário, ao tribunal ou à autoridade competente.
Artigo 1887.º -A - Convívio com irmãos e ascendentes
Os pais não podem injustificadamente privar os filhos do convívio com os irmãos e ascendentes. 
Artigo 1917-º - Alimentos
A inibição do exercício das responsabilidades parentais em nenhum caso isenta os pais do dever de alimentarem os filhos.
Artigo 2003.º - Noção (de alimentos)
1. Por alimentos entende-se tudo aquilo que é indispensável ao sustento, habitação e vestuário.
2. Os alimentos correspondem também à instrução e educação do alimentado no caso de este ser menor.
ora toma, que podem ameaçar à vontade sair de casa que estão proibidos, por lei, de o fazer. têm que aguentar com a comida que a mãe faz e as roupas emprestadas e sou eu e o pai que escolhemos se fazem natação, judo ou ballet.
sim, por muita vontade que (às vezes) tenha de vos rifar, estejam descansados! não o posso fazer, está escrito. e dêem-se por contentes por não vos puder separar também, às vezes dava jeito. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

the best advice | o melhor conselho

no senda do terceiro filho, fica aqui mais este post sobre um assunto tão importante para mim.

«It was about this time, three years ago, that we started trying to get pregnant with Isla. Everett was around two years old and I, as a surprise to myself, was baby hungry like crazy. I found out I was pregnant on Christmas Day, and the following August, she arrived. I felt like their age spacing was SO PERFECT. I solidly stand by 2 years and 10 months as a perfectly ideal length of time to space one's children out and I would recommend it to anyone. Since we all know planning pregnancy down to the month is so controllable ...

Yet here we are again. My youngest is at that two year mark and because I've always known that we would have more than two, the timing of our third child has weighed heavily on my mind. We should. We should start trying. My problem has been that when I contemplate the newborn phase, I think, I JUST DID THAT. I just had a baby, I'm pretty sure yesterday. And the memory of my pants not fitting, is somehow more vivid than the first time around? And I'm also just not baby hungry. And maybe that's the whole thing right there. Isla's baby-hood still feels so completely present. Much more so than Everett's was. He was sleeping through the night, in his own bed at nine-months-old, whereas Isla co-sleeps with us and still adores nursing. I love that this part of her hasn't grown up yet. That I can watch her expand in personality and ability and intelligence, and somehow still keep her infant-like sense of newness around for myself. The lack of hair helps.


A few weeks ago, after giving myself a solid pep talk and a lecture on timing, I decided that I would get off birth control. I plopped myself on the bathroom counter while Tyson was in the shower and said, so what do you think? Should we? Now? Maybe? Yes?
If all of this was up to him, the man would've had another baby months ago, so my tentative suggestion was met with enthusiasm, and I thought, ok! Let's do it.

Then I called my mom on her birthday and told her that we were thinking about trying for another, because that's what mom's do on their birthdays: listen to you talk about yourself. I heard myself say baby and then add a million "buts" onto the end of my sentence.

But I'm not ready to share my body. But Isla's still nursing, and we're not totally done yet. But this means I'll have to get Isla out of our bed. But then I'll have to go back to not sleeping. But OMG three kids. Everyone says three is the hardest number to hurdle. But life is so nice now that Isla's starting to really embrace some independence.


And in the same train of thought say,

But Everett will be 6 by then so it won't be that crazy. And Isla is obsessed with babies, is generous with sharing me, and would handle the change like a champ. And I should just get the child bearing days over with so they can all grow up close. And this age gap! This age gap was perfect! They're best friends, and don't I want to give that gift to the next child? And also, what if it takes longer than we think it will to get pregnant. 

(Yes, it does take me an hour to fall asleep at night)

And then my mom, having listened to my buts, and being the wise sage that she is, gave me the best piece of advice that I never would've given myself. She said, "Don't should on yourself."

Don't should on yourself!

And also it's ok to give it a year. Because what's a year, really, in the scheme of things. It's nothing. A year is nothing. To get rid of the shoulds and replace them with the I wants and the I'm readys.

It may sound so terribly obvious but it was like a blazing light bulb went off in my head. Taking away my self-imposed timeline, gave me instant grace to allow a baby to come to us, but through my heart first. If that meant a month from now, six months from now, a whole dang year from now, it wouldn't matter. I could start trying to get pregnant whenever I felt ready and it all would be completely
totally
fine.

Until then, it's just me and my two little buddies up there, both of whom I am so thoroughly enjoying at the moment. Two and almost five - most stinking delightful ages in the world.»

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

é por eles


esta fotografia de dia 3 de outubro marca uma nova fase da minha (nossa) vida. 
estou em lisboa novamente e estou muito contente. de repente, tenho tempo e disponibilidade para toda uma nova vida, pessoal, familiar e tudo o resto que couber no meio. 

há muito tempo que ansiava por esta mudança, já tinha imaginado e planeado tudo e agora, pouco mais de 6 meses depois, cá estou. com receio do que vem, se vou ou não gostar do trabalho, dos colegas. onde estava gostava de tudo menos do local físico em si e da falta de chefia. aqui não sei... é tudo novo. posso ter chefes maus (já sei o que isso é), colegas maus (não sei nem quero saber o que isso é), trabalho mau (já sei e há compensações). pelo menos estou perto, bem perto de casa e voltei à cidade. 

confesso que tenho alguma nostalgia de deixar alguns colegas, mas sei que são amigos e que vão continuar a sê-lo e por isso mantém-se na minha vida.

neste dia decidi vesti-los de igual, parece a farda da escola mas não é. gosto de os ver assim, semelhantes mas diferentes. estão os dois tão grandes e crescidos, este final de verão levou os meus bebés e deixou-me dois rapazolas em casa. (vou parar o discurso para não entrar em modo lamechas)

como disse, é por eles que mudo. bora lá!


terça-feira, 16 de agosto de 2016

quase três meses

nas vésperas de assinalar três meses sobre aquele dia, tudo continua envolto numa neblina espessa. muito espessa. e por mais que tente não lhe vejo o fim, pelo menos para já.

sendo unicamente racional há duas, e apenas, duas certezas: um avião caiu no mediterrâneo e o meu pai morreu. juntar estas duas frases numa só é uma golpada de ar gelado por todo o meu corpo. dói para caraças e parece surreal. aliás, é mesmo surreal.

no dia-a-dia não acredito que aconteceu, nas pequenas coisas começo a perceber que sim. há três meses que não há telefonemas nem mensagens nem chamadas de facetime com os netos, não há emails a perguntar como estamos e a dizer que está entre reuniões num qualquer país do centro de áfrica.

e a maior e mais dilacerante mágoa é o meus filhos terem perdido o que eu tenho a certeza que seria um avô espectacular.

contámos o que aconteceu ao joão na viagem a londres, em junho, num autocarro a meio de high kensington street, ele ao meu colo. ficou calado, perguntou se o avô estava sozinho e se tinha sido de comboio. respondi a ambas que não sabia porque não estava lá, estratégia mais que debatida e combinada com a educadora e a família. e o silêncio continuou. quase que juro que o senti suster a respiração durante uns segundos. depois quebrámos a conversa e mudámos de assunto. até hoje não falou nisto, nenhuma pergunta, nem mesmo quando vamos lá a casa. e de repente dei por mim a pensar se ele se esqueceu do avô ou se por empatia comigo deixou de falar nele. é certo que eu nuca mais falei do avô à frente dele(s), por medo e por não saber como iria reagir se ele me perguntasse alguma coisa. mas sempre que os vejo com roupa oferecida pelo avô ou a brincar com brinquedos oferecidos pelo avô levo uma bofetada, parece que são florescentes e saltam mais à vista.


em conversa com a minha cunhada sobre este assunto, ela comentou que o mais velho fala com naturalidade sobre isto, faz perguntas, tem dúvidas pertinentes, não se esqueceu do avô. e porquê? porque ele falam com ele sobre isso, não se acanham, não escondem que aquele brinquedo foi o avô que deu. e, de repente, alguma coisa mudou dentro de mim. é isso mesmo. não posso ter medo, não posso esconder que o avô existiu e que esteve connosco em certos sítios, que nos deu presentes, que nos telefonava e queria saber de nós. se eu não quero que eles se esqueçam do avô, tenho obrigação de falar nele, de perpetuar a sua memória. que coisa óbvia que me estava a escapar. prometi que da próxima vez que eles brincarem com o carro de madeira ou lerem o livro do crocodilo vou falar-lhes do avô. posso chorar, não vou esconder que é altamente provável que isso aconteça, ou pelo menos que se me embargue a voz, mas este acontecimento trágico tem que começar a ganhar traços de normalidade, aos poucos, um passo de cada vez. 

domingo, 26 de junho de 2016

dia de anos da avó




combinamos almoçar na adraga, um preferido cá desta casa.
ainda safei um bolo inteiro, que não sobrou e até este pirralhito, mal almoçado por causa do sono, comeu e repetiu a bomba de morangos, natas e suspiro. 
jamie oliver, não me censures por dar açúcar às crianças! a avó fazia anos, estávamos na praia, com a família reunida num belo dia de verão. eles comem sopa e fruta todos os dias, acredita.



quinta-feira, 19 de maio de 2016

ms804


como o principal (e talvez) único propósito deste blog é registar a infância dos meus filhos para mais tarde eles saberem o que aconteceu e que não, os pais não são malucos e até gostam bastante deles, esta sigla que aparece no título tem que ficar aqui gravada.

(e vou fazer batota e postar para trás, para ela ficar gravada no dia certo - 19 maio 2016.)

por isso aqui ficam umas palavras para os meus filhos, em nome do meu pai:

meus queridos netos, 
o mais importante que vos posso dizer é que vos amo. que amo a vossa mãe, os vossos tios e primos. 

sejam honestos, correctos e leais. 
brinquem muito, mas cumpram com as vossas obrigações.
esforcem-se sempre, dêem o vosso melhor e nunca se contentem com o segundo lugar, pois serão os primeiros a perder.
ouçam música e dancem, seja rock a imitar o guitarrista com a língua de fora, seja beach boys ou nat king cole em viagens de carro, seja kuduro no casamento da vossa filha.
leiam, muito. sobre todos os temas, de preferência num alpendre do alentejo e não nos aviões, como eu.
comam camarão com as mãos.
joguem ténis... ou golfe, quando forem mais velhos.
vão a áfrica com a vossa mãe ver o pôr-do-sol na savana, os elefantes e leões no sítio certo. 

e o mais importante novamente: digam e mostrem que amam os vossos pais, irmãos, família e amigos.

avô joão



terça-feira, 26 de abril de 2016

cabanas









este dia de praia em cabanas foi tão bom que hoje estamos com febre em casa. e há ranho em grandes quantidades.
o pai deu o primeiro mergulho do ano e o joão não teve coragem mas andou a brincar muito feliz.


comemos peixe e afins em grandes quantidades e de várias maneiras, sendo o grande e claro vencedor o ceviche de corvina (com morangos e manga) da inigualável noélia.
as baterias vêm recarregadas, o namoro e os mimos também e, sim, confirma-se, o bom tempo está ao virar da esquina.

terça-feira, 5 de abril de 2016

de onde é que isto veio...

ontem gritei para o joão como não me lembro de alguma vez ter gritado para alguém.

eu sabia que o grito, aquela angústia, não era para ele. era o meu interior mais profundo a pedir colo e a maneira que encontrou foi expulsar a má energia na cara do me filho. 
ele tremeu e eu fiquei a sentir-me melhor... no imediato. mas hoje não consigo pensar noutra coisa se não na cara dele a olhar para mim, a expressão a tremer. 

à hora de almoço li um post sobre slow living e pensei que fazia e faz todo o sentido. a par do não falar sobre dinheiro é uma das coisas que tento praticar no meu dia-a-dia. e depois, chego a casa sozinha, com jantar e tudo por fazer, pai atrasado, dia cinzento e chuvoso, cama por fazer, roupa amontoada no chão do meu quarto, filhos carentes a pedir colo, o novo horário a pesar nas costas (já falarei disso noutro dia), a vontade de desligar, brincar com eles, dar-lhes banho para ficarem a cheirar bem e irmos jantar todos felizes, joão a demorar mais de uma hora (sim, U.M.A hora para comer a sopa), francisco a chorar com fome e atolado em sono... tudo isto e eu a precisar de um abraço, de uma mão no ombro a dizer que vai correr tudo bem...

fiquei amuada, triste e também zangada. 

ele acabou por fazer xixi na nossa cama às 3h34. é a resposta biológica ao que não consegue expressar.

depois recebi um email da boss  com o manifesto 'berra-me baixo'. reenviei-o ao pai que me respondeu com uma declaração de amor à nossa família. e, assim, sem mais, tudo voltou a fazer sentido.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

ordem de soltura










uma semana depois de termos entrado no hospital, depois do natal e dos devidos dias de recolhimento, decidi(mos) aproveitar o único dia de sol destas semanas e rumar ao alentejo para almoçar.
desde a gravidez do francisco que me apetecia comer migas por isso pareceu-me justo comemorar a rápida recuperação do miúdo com um belíssimo prato de migas.
para desmoer e fazer alguma fotssíntese fomos até ao clássico jardim municipal.

adoro o francisco com o gorro do irmão.
adoro o meu namoro pegado com o francisco (créditos do avô).
adoro o joão a explicar-me desenhos no chão.
e adoro o facto de termos fotografias a quatro.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

thanksgiving



- joão, hoje é um dia importante para a família, para a nossa família, por isso cada um de nós vai dizer uma coisa que gosta na nossa família.
começa o pai.
- eu gosto muito dos meus filhos queridos e fofinhos. 
- agora é o joão.
- eu... eu gosto... gosto do patito. 

recebeu abraços e beijos nossos e eu não cheguei a dizer o que gosto na nossa família.