quinta-feira, 19 de maio de 2016

ms804


como o principal (e talvez) único propósito deste blog é registar a infância dos meus filhos para mais tarde eles saberem o que aconteceu e que não, os pais não são malucos e até gostam bastante deles, esta sigla que aparece no título tem que ficar aqui gravada.

(e vou fazer batota e postar para trás, para ela ficar gravada no dia certo - 19 maio 2016.)

por isso aqui ficam umas palavras para os meus filhos, em nome do meu pai:

meus queridos netos, 
o mais importante que vos posso dizer é que vos amo. que amo a vossa mãe, os vossos tios e primos. 

sejam honestos, correctos e leais. 
brinquem muito, mas cumpram com as vossas obrigações.
esforcem-se sempre, dêem o vosso melhor e nunca se contentem com o segundo lugar, pois serão os primeiros a perder.
ouçam música e dancem, seja rock a imitar o guitarrista com a língua de fora, seja beach boys ou nat king cole em viagens de carro, seja kuduro no casamento da vossa filha.
leiam, muito. sobre todos os temas, de preferência num alpendre do alentejo e não nos aviões, como eu.
comam camarão com as mãos.
joguem ténis... ou golfe, quando forem mais velhos.
vão a áfrica com a vossa mãe ver o pôr-do-sol na savana, os elefantes e leões no sítio certo. 

e o mais importante novamente: digam e mostrem que amam os vossos pais, irmãos, família e amigos.

avô joão



quarta-feira, 18 de maio de 2016

memórias do verão passado

namorar na praia - joão
ondas em cabanas - joão 
francisco a mastigar
'anda comigo, mãe' 

encontrei estas notas numa mensagem guardada em rascunho desde as férias do verão passado. porque não me queria esquecer destes pequenos-enormes pormenores que fizeram daqueles dias de praia alguns dos melhores dias que já vivi.

o namoro que pegado com o joão na praia, enrolado na toalha depois do mar, a comer bolachas ou um iogurte, a enroscar-se... que maravilha de minutos ao sol.
e o dia em que fomos à praia de cabanas ter com os amigos, o dia em que o joão enfretou as ondas com uma alegria única e contagiante, com ganas e coragem, sem medos, e feliz, feliz. e vem-me à memória várias vezes a voz dele a dizer: 'granda onda, mãe! vistis?' e ria, ria. que feliz que ele estava.
e o mini aprendeu a mastigar, o meu bebé bochechudo a mastigar pão ou o que fosse era uma delícia de se ver. o mesmo olhar do irmão, surpreso e profundo, a descobrir as maravilhas da comida por conta própria. 
e ainda o joão a pegar-me na mão e a dizer 'anda comigo, mãe' e a levar-me para brincar, ou correr, ou apanhar conchas ou qualquer coisa que fosse. eu ia, sempre.

estas memórias pequeninas são gigantes no meu coração.

ps: estou lamechas porque o pai está fora há quase duas semanas e as saudades estão no auge.


vocês também são os meus filhos preferidos



és a minha mãe 'pfida'.

terça-feira, 10 de maio de 2016

ainda só vamos no primeiro dia...

e já temos o mais velho a dizer que tens saudades do pai, que quer o pai, a perguntar várias vozes onde está o pai e a fazer xixi duas noites seguidas na cama.

isto promete!

em compensação, ontem ao jantar estava tão bem disposto que calçou as botas de salto da avó, pôs a espada de madeira às costas e andava aos saltos em casa, a dançar. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

tirada #9

 são várias, aliás, que ele tem sido muito criativo

no cinema com a escola, uma colega diz:
- não gostei deste filme.
- paciência! é o que há.


- mãe, onde está o pai?
- foi ao médico.
- porquê?
- dói-lhe a barriga.
(silêncio...)
- mãe, não tens boca para falar? para me dizeres onde está o pai?


- joão, hoje é dia de ginástica e de natação, já sabes.
- mãe, mas eu só tenho duas mãos, não posso fazer tudo.


após uma já longa troca de argumentos, diz o pai:
- porque não, joão.
- isso não é reposta. (e revira o olhos e torce os lábios).