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terça-feira, 28 de julho de 2015

para facilitar



parvoíces no elevador para começar esta semana tão importante.
o francisco começou (ontem) a escola.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

fomos comprar tapetes




no final de junho fomos almoçar à herdade do esporão, com a desculpa de ver uma amiga grávida e fazer um test-drive, mas acima de tudo fomos comprar tapetes. os tapetes mais bonitos que uma senhora holandesa faz em teares artesanais em monsaraz.

temos dois alegres e rústicos tapetes novos na sala.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

plagiocefalia posicional

depois da clavívula partida e depois do torcicolo congénito, eis que o mini é diagnostiado com plagiocefalia posicional.

como tudo o que é relacionado com crianças o nome assusta e é difícil de pronunciar à primeira, mas não é nada mais que uma assimetria no formato da cabeça, neste caso derivado ao torcicolo, o que fez com que o crânio ficasse achatado do lado direito. nesta altura já tem as orelhas desalinhadas e uma pequena bossa na testa. é como se o crânio estivesse oblíquo, quando visto de cima, em vez de estar arredondado.

fonte: google

não é nada grave, é só uma questão estética que é resolvida, de forma mais ou menos fácil, com grande intervenção da nossa parte. 
como? 
+ estamos proibidos de usar o ovo, excepto para andar no carro;
+ evitar o sling e a espreguiçadeira. privilegiar o colo e o marsúpio como meio de transporte;
+ elevar o colchão do lado afectado e/ou pô-lo a dormir de lado. ou pelo menos corrigir sempre que possível a posição da cabeça;
+ aumentar o tummy time, para ir fortalecendo o pescoço,
+ efetuar movimentos suaves de rotação lateral da cabeça, para também fortalecer os músculos;
+ continuar a fisioterapia. já lá vão 20 sessões e começamos outra série de 20, bah...

tenho feito um esforço grande para evitar o ovo, o que me está a dar cabo das costas. agora que veio o bom tempo e já estava a planear grandes passeatas, só de pensar em acartar mais de 6,5kg já perco a vontade. isto também implica que tudo demore mais tempo, nomeadamente o tira e põe do carro, mas de facto, transportar o ovo é um assassinato ao conforto. 

ando à caça de um pano-transporta-bebés porque o sling, o meu adorado sling não é o mais conveniente e o marsúpio que nós temos é um bocado quente. allo, amigas deste tipo de transporte, estão a ouvir-me, querem ajudar?

vamos tendo pequenos períodos de tempo sentado e de barriga para baixo, onde ele parece um daqueles bonecos feiosos que se colocam no tabelier dos carros e ondulam a cabeça constantementemas a verdade é que cada dia aguenta-se mais. está um forte!

por fim, a fisioterapia é capaz de ser o mais chato. já lá fomos 20 vezes e ainda temos outras tantas. três vezes por semana, de manhã, notam-se melhorias, claro, mas é tudo lento, demasiado lento para mim que já só sonho com passeios e apanhar ar na venta e ir tantas vezes ao hospital só me faz pensar em coisas piores. 

tudo se resolve, claro. o francisquinho há-de ficar com a cabeça perfeitinha, ou não me chame eu 'sua mãe'.

ps: antes que perguntem, os capacetes são uma treta da indústria.

terça-feira, 28 de abril de 2015

nostalgia, nostalgiaaaaaa

desde a semana passada que estou nostálgica em relação ao francisco.
de repente olhei para ele e já não vi um recém-nascido indefeso e minúsculo. 
de repente já vai fazer quatro meses, já palra imenso, faz barulho, está acordado várias horas, brinca com as mãos e chuca no dedo. 
de repente guardo (para sempre?) a roupa mais pequenina e dá-me um aperto no coração - ele NUNCA mais vai vestir aquelas roupas. esta palavra maiúscula assume um peso brutal na minha cabeça.

não consigo mesmo admitir que este será o meu último bebé. não consigo e não quero. pensar que não volto a estar grávida, que a barriga não volta a tapar os pés, que não volto a usar as calças confortáveis e a camisola às riscas, que já não vou andar à pinguim, não são coisas que me façam feliz. não consigo mesmo assumir que este é o meu último bebé. é definitivo demais. 

mesmo as manhãs caóticas, em que todos os dias penso 'como é que isto vai ser quando recomeçar a trabalhar?', não me tiram a ideia. mesmo as birras e desafios do joão, que me fizeram perder a cabeça nos últimos dias, não me demovem. 

é um bocado como fazer uma tatuagem, comprar uma casa, morrer alguém. são coisas tão definitivas que assustam. (sim, há solução para as duas primeiras, mas isso não interessa nada aqui).

e o estranho que é estar a falar já nisto?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

manter a sanidade mental durante a licença de maternidade

Alguém resumiu, e bem, o que nos salva a sanidade mental nestes meses de licença:

1- Tomar banho todos os dias 
Tem um efeito especial em nós - já para não falar da higiene, claro. Tomar banho faz-nos sentir mais capazes, mais bonitas, com mais força e com menos cansaço. Parece que é uma espécie de reset. Mesmo quando a noite do dia anterior foi tão calminha quanto ver pessoal a dançar Afrobeat, ganhamos uma meia hora de energia e duas de paciência. 

Mães de recém-nascidos: aproveitem uma altura em que eles estejam mais calminhos, deitem-nos na espreguiçadeira ou numa alcofa de maneira a que consigam vê-los da banheira com a cortina um pouco aberta e pronto. Se for preciso alguma coisa, não demoram a lá chegar. Podem desfrutar de um banho calmamente. E sim, nós ouvimo-los a chorar, mesmo que eles não estejam quando estamos longe deles. 

posso não ter dormido, mas ao tomar banho, o dia começa novamente e de uma maneira muito melhor.

2- Mudar o pijama ou, idealmente, vestir roupa confortável mas não de dormir
Mais uma vez: "já para não falar da higiene, claro". Se nos aprontássemos todos os dias um bocadinho, mesmo que não saíssemos de casa era mesmo óptimo. Vestirmo-nos faz com que estejamos mais perto daquele papel que desempenhamos numa vida mais "activa" (refiro-me a quando vamos trabalhar) e vamos buscar também as qualidades que mais usamos nessas alturas: organização, responsabilidade, paciência, etc. Não digo pintarmo-nos loucamente como se fossemos a Paula Bobone ou como se soubéssemos que íamos encontrar o amor da nossa vida, mas um creminho hidratante e mudar a roupa, já é bom!

acrescento a isto beber um café/descafeinado. Sabe-me pela vida e liga-me ao mundo exterior, é tipo a pausa kit-kat.

3- Ter um plano diário.
Por muito insignificante que seja: ir aos correios, passear ao jardim, ter de ir à FNAC, etc. Ter um plano diário faz com que consigamos diferenciar os dias uns dos outros e também que nos dê algum objectivo além de lidar com o bebé.

Sentimo-nos "úteis" e levamos o bebé connosco a passear. Um óptimo dois em um. É muito apetitoso gastar dinheiro, principalmente no Inverno que saímos mais para centros comerciais mas façam como eu e não tenham dinheiro na conta. É isso.

Se os fãs da Sofia da Casa dos Segredos também que quiserem passar dinheiro, eu dou o meu NIB sem problemas. Também sou uma mãe coragem e leoa, o que quiserem que justifique.

Sei que é uma segunda referência ao programa, mas é o que se vê cá em casa à noite. Não digam ao meu marido que escrevi isto que ele gosta de dar aquele ar de que é muito machão e depois delira com estas bimbalhadas como eu.

é o que me dá alento todos os dias, saber que tenho alguma coisa 'útil e externa' para fazer.

4- Ter uma rotina de arrumação da casa.
De preferência de manhã quando o bebé ainda não está rabugento. Não digo dar uma volta à casa tipo Cinderela sobre o efeito de bebidas energéticas, mas dar aquela "voltinha": fazer as camas, organizar a casa de banho, tirar e por a loiça na máquina, etc. Fingir que se limpou tudo. Vocês sabem como é, que eu sei. Até podem acender aquelas duas velas grandes do Ikea para cheirar a lavadinho e tudo. 

5- Dormir sempre que o bebé dorme ou, pelo menos, uma das sestas.
É mesmo muito muito complicado irmos dormir quando estamos cansadas. Andamos a manhã inteira a sonhar que o bebé adormeça e, finalmente, quando adormece ficamos tipo estúpidas a olhar para a televisão a ver programas tão pouco produtivos como o FaceOff da Sic Radical. Temos de ser mais espertas e de nos obrigar a ir dormir. É como ir ao ginásio. Sabemos que nos vamos sentir bem, mas só no fim, claro.

não consigo! bem tento, mas não consigo. só muito raramente é que me deixo adormecer no sofá à tarde.

6- Não querer ser muito produtiva.
Se fizermos muitos planos e quisermos acabar muitas coisas, além de ser muito complicado conseguirmos e de, no final, nos podermos sentir menos capazes, acaba por ser contraproducente quando o bebé estiver mais rabugento: "ainda tenho que ir fazer isto, ainda me falta acabar aquilo... assim não consigo fazer nada!!"

Logo se vê. Eu, por exemplo, há um mês que estou para escrever uma peça. Não é por preguiça, a sério. Estou louca para deitar as mãos à massa, mas isto de "não trabalhar", dá muito, muito, muito mais trabalho do que pensava.

ah mas eu quero! não me chateio é se não conseguir fazer tudo, porque lá está, tenho um bebé e restante família e ainda tenho vários dias/semanas/meses para fazer tudo, mas não passo sem as minhas (intermináveis) listas to-do.

7- Se o bebé está birrento é só estar lá para ele.
Está muito ligada à sugestão anterior. O melhor é mesmo dedicarmo-nos ao bebé, com tempo e calma quando ele precisa. É desesperante (para os dois) se tentar fazer algo ao mesmo tempo porque começa a vê-lo como um empecilho às outras coisas que está a tentar fazer. Aquela dica de não se olhar para o relógio quando se amamenta em livre demanda acho que se aplica em todas as outras ocasiões (menos na hora de dormir). Faz birra? Vamos a isso. Temos tempo. "Temos", mais ou menos.  Espero que o Manoel de Oliveira tenha menos tempo que eu. Começa a ser assustador.
8 -  As pilhas do bebé não duram para sempre. 
"Não dorme agora, dorme depois" - disse-me o pai de três filhos pequeninos e ficou-me sempre na cabeça.

"As pilhas vão acabar" -  para dizer como mantra nos momentos mais complicados.

O importante é manter uma atmosfera calma para os dois. 

esta é genial... é outra versão do 'tudo passa' ou 'tudo é uma fase', o meu mantra preferido da maternidade.

9 - Ressalvar com os amigos com quem combina alguma coisa que tudo pode ser alterado conforme a disposição do bebé
Evita enervamentos a toda a gente, mais a nós que, geralmente, os outros chegam atrasados a tudo. 

10 - Vestir sempre o bebé 
Torna-se mais rápido sair entre mamadas e sonos e é menos um entrave a uma possível saída espontânea. Não que o bebé estivesse nu, claro. 

sou um bocado baldas nisto e só o visto quando vou sair. caso contrário fica de pijama, é uma muda de roupa que se poupa.

11 -  Ter noção de que ver televisão - ainda para mais sozinha - é uma perda de tempo. 
Estar em casa, apesar de as vezes poder ser muito difícil, é uma dádiva para se poder dar mais ao nosso bebé. Lá por estarmos "habituadas a isso", vai ser como a gravidez: vamos ter muitas, muitas saudades, "apesar de tudo". 

erhg... mais ou menos. como não consigo ver televisão à noite, adormeço em dois minutos, aproveito a hora de almoço e parte da tarde para pôr a programação em dia. ainda bem que existem as boxs e as gravações.

12 -  "Isto é só uma fase".  
É fácil desesperar quando as coisas não correm bem, mas vai haver uma idade em que vão acordar sozinhos e fazer o seu próprio pequeno almoço. 

lá está, o meu mantra.

13 - "Limpa-se amanhã".
Não deu para limpar hoje a casa? Limpa-se amanhã. Ou depois. Ou depois. O importante é aspirar para o miúdo não andar alimentado a bolas de cotão.

é isso. o que é preciso garantir é que o miúdo esteja alimentado e de rabo limpo, bem, já agora, a família toda. 
para mim, isto também se aplica aos banhos da miudagem, principalmente no inverno.

domingo, 24 de março de 2013

this is the end... or the beginning?

estava agora a cantar para mim a canção dos the doors, que dá título a este post (this is the end, beautiful friend/the end...) mas logo logo me veio à cabeça que não há cá espaço para tristezas e cabeças apagadas e toca de encher o copo e vê-lo meio cheio.
andei a semana mais agitada, naturalmente, o que se reflectiu no baby. nada que não se resolveu e estabilizou. hoje dormiu imenso e às 19h30 já estava na cama ferrado. bem bom! mas hoje serenei.
sei que ele fica bem, porque é calmo e simpático e acima de tudo feliz. quando me põe as mãos na cara, abertas, frias e ternurentas, eu SEI que ele é feliz; quando se ri a partir de dentro, quando me segue com o olhar para todo o lado, quando põe as mãos na boca par chuchar e me provoca com o olhar, eu SEI que ele é feliz. e isso tranquiliza-me e dá-me a sensação de que tudo se faz e se resolve. e esta etapa que hoje termina e a etapa que amanhã começa são mais duas nesta vida fixe. e se a primeira correru lindamente, a segunda também vai correr.
estou com vontade de voltar ao trabalho, não vou mentir, mas tenho a certeza que as saudades vão ser gigantes. e tenho para mim que a pior parte vai ser a seguir ao almoço. de manhã vou cheia de pica e com o stress de chegar a horas, conversa e mais conversa e chega-se à hora de almoço. vou passear, ao supemercado, etc. etc. e passou. e depois sentar-me novamente em frente ao computador é que vai ser. o relógio vai andar mais devagar que lento, estou mesmo a ver! e a vontade de chegar a casa e sentir as mãos dele na minha cara e encher o peito com o cheiro do pescoço dele e ver aqueles faróis fixos em mim vai ser enorme. e quando conseguir fazer isso vou ser a pessoa mais feliz do mundo. todos os dias.

terça-feira, 19 de março de 2013

última semana

e tinha que chegar este dia e abrindo o peito ao cliché, sim, chegou depressa.
tenho feito um esforço grande para me lembrar do primeiro mês e parece que fui formatada. não me lembro de muita coisa. claro que os dias marcantes ficam, como os anos da minha irmã, o natal ou a passagem de ano. mas e os outros dias desse primeiro mês? e os dias todos destes quatro meses??? foram para onde? enfiaram-se pelo buraco e eu não dei conta!
pensando racionalmente, quatro meses, 120 dias é muita fruta. temos ideias, temos vontades, temos planos. e muitos. e conseguimos fazer muita coisa apesar de ser inverno e ser a pior época do ano para mim - o que eu odeio frio! mas, fomos, estivemos, acontecemos. quase sempre foi um sim quando havia sugestões de programas e saídas. e conseguimos ir ver o mar, lanchar ao chiado, ir ao supermercado (várias vezes), comprar roupa, visitar amigos, trabalhar, passear no estádio nacional e ver o pai jogar ténis, visitar os sobrinhos, apanhar sol, almoçar no darwin, comer panquecas, ficar com a tia e com a avó, ir ver um jogo de futebol americano do pai, fizemos bolos e fomos passar um fim de semana à curia. e mais. parece bom e foi bom!
inquieta como sou, arranjaria mais programas para mais quarto meses. é só querer, porque ainda e sempre há coisas para fazer. basta ir ao meu caderno e a lista de coisas a fazer continua lá, sempre incompleta e aberta a acrescentos. 
sim, quero voltar ao trabalho, sim, gosto do que faço e é muito importante para mim estar profissionalmente enquadrada. quero vestir as roupas que não visto há quatro meses porque não dão jeito para dar de mamar - meus queridos vestidos a mãe já vai, quero ter conversas fora do universo bebé, quero voltar a ter me time. mas sem a mais pequena e ínfima dúvida que vou ter muitas saudades do piolho. que vou sentir que me falta um braço ou um pulmão.
mas vai correr tudo bem, tenho a certeza, porque...
 
Tem de acontecer, porque tem de ser
e o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora
«Seja Agora» by Deolinda