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quinta-feira, 11 de maio de 2017

moedinha nº1



«... tenho ideia que num primeiro filhos nós somos sempre piores pais.»

esta entrevista, que adorei ler, deu-me que pensar em relação à minha moedinha nº1.
este miúdo giro que me tira do sério como ninguém, que me faz ser melhor e menos boa, que leva comigo e me atura o mau humor só porque está ali mesmo ao lado e o pai está fora muitas vezes.
este meu amor primeiro e enorme.
e tudo o que ele quer é colo: 'sabes, mãe, podemos fazer como naquela outra noite em que me deste colinho?', perguntou ele ontem, referindo-se à noite anterior em que o deixei ficar mais de meia hora sentado ao meu colo enquanto estava sentada no chão, à beira da cama do irmão para o adormecer. é isto. só isto. colo.
que não estraga, eu já sabia. que não é demais, eu já acreditava pela quantidade de mimo e amor que lhes dou, pelas nódoas na roupa, pelas pedras e areia que trazem nos sapatos, pela facilidade com que se entregam às poças de chuva e de lama e agarram aos paus.

és feliz, tenho a certeza.
e eu contribuo para isso e, mais importante, faço parte disso. não me posso esquecer disto. 


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

a nossa equipa

I know that my work makes me a better mother and vice versa. Mindfulness is what I try to achieve in all the different aspects of my life. I try not to wear too many hats at once, but instead, remove one hat before putting on another. Trying to avoid the overlapping of all the aspects of life is almost impossible, but I find the key is to focus attention on what is the most pressing. When I feel pressured or pulled in many directions, I always ask myself what would matter most in five years. 
Christine Alcalay, mother to Thy-Lan, 13, Simone, 8, and Liem, 2.

 I’ve learned to be more focused when I’m at work and be present when I’m with my kids.
Anine Bing, mother to 5-year-old daughter Bianca and 3-year-old son Benjamin.

 But every day I get up and try to do the best I can.
Mo Clancy, mother to 7-year-old son Magellan

“I make a conscious decision to balance my time. When I’m home with the kids, my phone is away and my laptop is closed so I can really be present.”
Jenni Kayne, mother to Tanner and Ripley.

I learned that fear holds us back and that ultimately following our heart, we are always taken care of. It’s just about finding the right balance, budget, where we focus our energy, and what it is that truly makes us happy. I feel I have. As soon as I surrendered and trusted, things seem to fall into place. I certainly still have growth and challenges, it’s an ongoing process. But it’s all a part of growth and worth it.”
Angela Lindvall, mother to 14-year-old son Dakota and 11-year-old son Sebastian.

I try to embrace what each day brings. Some days I’m fully present, others I can’t get anything done. I no longer have any expectations and just roll with it. I find comfort and balance in that.”
Amanda Chantal Bacon, mother to 5-year-old son Rohan.


depois da manhã de hoje resolvi agarrar neste artigo que estava guardado há uns dias. confesso que é um tema que me interessa mas ao mesmo tempo um que não me diz muito, contraditório eu sei. mas eu explico: por um lado interessa-me saber como os pais fazem para organizar a vida familiar, como são os dias, as rotinas, as boleias, as comidas. há sempre truques e dicas úteis. por outro lado, acho que temos uma boa equipa montada  lá em casa e na grande maioria dos dias corre tudo bem. quase, quase que podia dizer todos os dias, mas é óbvio que há dias em que a coisa descamba, eles não tomam banho, a comida é comprada feita e adormeço com eles na cama. e o que interessa, no fim, é que estamos juntos e amanhã é diferente. 

hoje de manhã foi um desses episódios menos fixes. tive que mandar o pai seguir com o mais novo para a escola, que, by the way, foi escolher sozinho, à gaveta, o gorro que queria levar, disse-me um adeus fofinho à porta do elevador e lá foi feliz da vida. dizia eu, tive que mandar o pai avançar porque o joão estava em transe. birra monumental, por tudo e por nada: porque a manga da camisola estava a sair para fora da manga do casaco, porque queria levar dezenas de brinquedos e tralhas para a escola, porque queria bolachas, porque não queria leite nem iogurtes, porque não queria ir à escola. tudo, mas tudo serviu de pretexto para bater com os pés, para gritar e para chorar. e se eu consegui manter a calma a maior parte da cena, lembro-me que cheguei a dizer (em desespero de causa) que ele parecia uma miúda a guinchar. eu, que tento sempre não fazer juízos baseados no género, euzinha. caramba, aquilo saiu feio, mas saiu depressa e foi irracional... tal era o desespero. estou de certo modo descansada, e orgulhosa, posso dizê-lo abertamente, por não me ter passado, por não lhe ter dado nenhuma palmada, apenas um ligeiro apertão para lhe exigir que parasse de gritar no átrio do elevador. mandei o pai embora e entrámos novamente em casa. poisei a carteira e os sacos e inspirei fundo, bem fundo. estava tentar perceber o que é que aquele miúdo, o meu filho de 4 anos me queria dizer com estes gritos, estes pontapés, este desespero. não percebi, mas conseguimos sair de casa passado pouco tempo, mais calmos, com um iogurte líquido e uma palhinha, ainda ia havendo drama porque não tinha tirado a tampa toda do iogurte, mas chegamos ao carro. o caminho para a escola foi quase todo em modo-amuado mas depois saquei de mais um truque e chegou entusiasmado e a rir-se à escola. valha-nos os cd's de boa música e as brincadeiras-cumplicidades parvas e só nossas. 


comentei com a professora brevemente que ele anda zangado e que se irrita-me muito facilmente e ela confirmou que também já notou isso. temos reunião na 2ªfeira e vamos falar sobre estes episódios. somos uma boa equipa também e isso dá-me muita segurança e certezas. 

agora vamos animar que é 6ªfeira, há jantar fora logo à noite, com amigos num sítio da moda e temos dois dias inteiros para a equipa melhor de todas - a nossa. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

terapia do abraço


«É o remédio caseiro mais eficaz para tantas maleitas cá de casa. Cura doenças, cura asneiras, cura injustiças, cura feridas, cura a falta de tempo e de paciência. Cura a personalidade. Cura corpo e mente. Cura tanta coisa. A mesinha perfeita que tento por tudo usar e abusar em todos os momentos.
O abraço é quente, é forte, é confiante, é estável, é eficaz. Um abraço é tão pouco e é tanto.
A terapia do abraço não tem regras.
Só preciso esquecer o meu ego, a minha fúria, tristeza ou cansaço e abrir os braços. Não é difícil, mas às vezes, tenho de fazer um esforço para os descontrair. Estão firmes com as provações dos dias. Relaxo. Respiro. E procuro em mim a menina que procura compaixão.
E feito isto, é esperar que de lá chegue a maior empatia. [Que chega.] Chega o arrependimento e a vontade de se ser melhor.
O abraço não tem idade, não tem tempo, não tem limites.
Filho doente vive abraçado, apertado, embalado. [É o tal amor que cura.]
Filho zangado precisa de um abraço, mesmo que me apeteça a velha fórmula de zangar-me e pôr de castigo. Esse afastamento, inverso ao abraço, não resolve nenhum coração ferido, machucado, amassado.
Manhãs caóticas devem ser polvilhadas a abraços, apertados pelo tempo e pelas pressas, Mais apertados do que a zanga de abotoar os sapatos. Sempre preparados como a mochila do dia seguinte. [Não me posso esquecer.]
O abraço que desculpa, que perdoa, que motiva, que traz confiança.
O abraço tem nele respeito, tem entendimento, tem atenção, tem carinho, tem afeição. O abraço engloba e não afasta. O abraço forma, molda e adapta. O abraço une-nos.
Tenho de abraçar a asneira como abraço os talentos. A birra como abraço a alegria. O mau como abraço o bom. Com a força de que vai sempre ser melhor.
Tenho de abraçar quando estou atrasada, atarefada, assoberbada, tal como abraço quando estou relaxada, descansada e disponível.
Sei que desse calor nascem coisas boas, como uma semente, que não deixo ao acaso, e que espero ver crescer com raízes fortes e íntegras.
Tenho de fazer todos os dias as pazes com o abraço e abraçar-me, às vezes, também.»

é o texto perfeito para começar o ano. 
serviu-me que nem uma luva feita à medida, um gorro quentinho amarelo ou umas meias fofinhas ou bolo de chocolate.
tenho pensado muito nisto e feito ainda mais mas sei que posso fazer ainda melhor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

é por eles


esta fotografia de dia 3 de outubro marca uma nova fase da minha (nossa) vida. 
estou em lisboa novamente e estou muito contente. de repente, tenho tempo e disponibilidade para toda uma nova vida, pessoal, familiar e tudo o resto que couber no meio. 

há muito tempo que ansiava por esta mudança, já tinha imaginado e planeado tudo e agora, pouco mais de 6 meses depois, cá estou. com receio do que vem, se vou ou não gostar do trabalho, dos colegas. onde estava gostava de tudo menos do local físico em si e da falta de chefia. aqui não sei... é tudo novo. posso ter chefes maus (já sei o que isso é), colegas maus (não sei nem quero saber o que isso é), trabalho mau (já sei e há compensações). pelo menos estou perto, bem perto de casa e voltei à cidade. 

confesso que tenho alguma nostalgia de deixar alguns colegas, mas sei que são amigos e que vão continuar a sê-lo e por isso mantém-se na minha vida.

neste dia decidi vesti-los de igual, parece a farda da escola mas não é. gosto de os ver assim, semelhantes mas diferentes. estão os dois tão grandes e crescidos, este final de verão levou os meus bebés e deixou-me dois rapazolas em casa. (vou parar o discurso para não entrar em modo lamechas)

como disse, é por eles que mudo. bora lá!


sábado, 9 de julho de 2016

está calor? não dei por ele


festa de anos de manhã de uma míuda gira + despachar os três rapazes para os sogros + trabalhar a tarde toda = saudades deles!

e a minha nova fotografia preferida do joão. mostra tanto do que ele é: feliz, bem disposto, enérgico.

sábado, 23 de abril de 2016

6f à noite



ir jantar fora com amigas + deixar os miúdos sozinhos com o pai (pela primeira vez) = chegar a casa à uma da manhã + ver a casa revirada + programar uma máquina de roupa + lavar o termo do mais novo + arrumar os brinquedos espalhados pela sala + mentalizar a lista de coisas para o fim de semana + finalmente ir dormir 

ps: obviamente que os miúdos já ficaram sozinhos com o pai, durante o dia. esta foi a primeira vez que o pai os foi buscar à escola, deu jantar e pôs a dormir, sem mim e sem a ajuda do público (aka alguma avó). 
ps2: este foi o segundo jantar de um novo grupo de 'terapia', todas amigas mães a precisar (desesperadamente) de um break. a ideia é marcar encontro uma vez por mês, com a organização a cargo de uma de nós. a próxima calha a mim e já tenho ideias. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

suficiente

«à noite, quando me deito na cama e faço contas ao meu dia, percebo que na maior parte do meu tempo sou mãe. é um facto: entre o tempo que ajudo um a sair de casa, o tempo em que arranjo e levo o outro, as compras, as refeições, as marmitas, a roupa e a casa por arrumar, os banhos, os trabalhos de casa, a história antes de dormir e as rotinas de deitar. trabalhar em casa faz com que tudo se confunda: escrevo um texto e vou arrumar, escrevo outro texto e adianto o jantar, estou a pesquisar um assunto e ouço a máquina que acabou de lavar. ter tempo é muito bom. ter tempo para os meus filhos é compensador e tranquilizante. e faz-me muito feliz. mas [aquelas três letras que detesto] há dias em que me questiono se será suficiente, se serei suficiente, se terei valor para além desta missão de estar presente e constante na vida dos meus filhos. há exactamente um ano [Janeiro é sempre um mês lixado] procurei um emprego a tempo parcial que me ajudasse nas contas. foi muito desafiante, aprendi imenso, senti-me útil e valorizada. mas [lá vem o “mas”] ressenti-me muito em termos de disponibilidade porque, para além do emprego mantive todos os trabalhos que faço em casa. uns meses depois o G. disse-me que sentia a minha falta. e eu, incapaz de dar conta de tudo, aproveitei a palavras dele para ter coragem para tomar a decisão que adiava. Janeiro voltou e os medos e as angústias voltaram também. ontem, entre a roupa que pus a lavar, a roupa que estendi, os textos que terminei, o almoço e o jantar, as compras do que faltava, a fruta que descasquei e os  e os vários pães que barrei com manteiga debati-me entre a sensação que estou completa e feliz e este vazio que talvez não seja suficiente.»

a minha resposta:o que eu tenho a certeza é que eu não conseguia ser só mãe, não conseguia só tratar da casa e da roupa e das compras e da família, não sendo este só, uma desvalorização destes trabalhos incríveis. o só vem porque realmente para mim é preciso mais, preciso de mim e das minhas coisas, do meu trabalho ou hobbys ou o que lhe quiserem chamar. não consigo ser só a mãe, preciso da filha, da mulher e da amiga e de todas as outras eu. e tenho outra grande certeza, para não usar aqui o mas: gostava muito de trabalhar menos horas, num equilíbrio muito mais saudável de todos os meus eus.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

3 ways to make a fresh start


«Start with coffee. And a plan.

I envisioned bringing in the New Year with a spick and span house and everything in order. Of course, that didn't come to fruition and that's ok. I find myself attempting to reach that point of completion, where everything is clean and in its place, only to realise that it's a lofty goal and perhaps, one not suited to life with three young children. Our home is in a constant state of flux - jobs finished only to be undone within the hour. It's a dangerous ride if I wrap my emotions and ego up in those jobs because the undoing leads to frustration, disappointment, anger and a general sense of being entirely fed-up. It's not pretty and to be frank, not worth it. It is only housework, after all. 

I've come to the conclusion that I don't want to spend all my time cleaning and tiding and running in a perpetual circle for the next ten years of my life. It doesn't sound appealing and it most definitely isn't inspiring. So, I'm doing what I can, with the time that I have - it isn't perfect but it's relatively done. This new way of thinking goes against all my homemaking ideals but to quote the insightful Ms Gilbert in Big Magic: "Done is better than good." It's a damn good adage for this recovering perfectionist to hold dear.
There have been a few things that I've put to the top of my list over the last few days that have ensured this year (and this home) is off to a fresh enough start for 2016 - small jobs that make a big impact on my day-to-day. Want to join in? It doesn't take long! In fact, it takes less than an hour!

- clear your entryway (15 minutes). Renowned for being a dumping ground for all kinds of paraphernalia, the entryway is the first area in my home to start looking cluttered and messy. It's also the first thing I see when I arrive home and being greeted with such mess doesn't always make for the happiest of homecomings. So, I took to it with vengeance and put everything back in its place - shoes in the basket, hats on the rack, bags in the basket, books back to their rightful shelf and a quick dust and straighten-up.

- sort through your handbag (10 minutes). If your bag resembles a Mary Poppins tote you're not alone. The amount of stuff I was carrying around in my bag (this one for those interested) was nothing short of alarming. There was everything from sequinned cat's ears (dance concert) to teaspoons and a range of hair clips, receipts, pens, bank books and hand creams in between. Then of course there's always the nappy bag which saves me on many occasion. To begin, I sorted out my wallet (receipts for tax, receipts for the bin) and then worked my way through everything else, replenishing the essentials in the nappy pouch, too.

- clean the car (30 minutes). This is a great job to add to the "pocket money job list" if you have a child old enough. I begin by sending Che and Poet out to the car with an empty washing basket. It always, without fail, comes back brimming with stuff. If your children are anything like mine, even the shortest car trip requires books, beloved-can't-leave-anywhere-without-them toys and a range of clothing options in case the weather turns. Once that job is complete (and everything from the basket is in its rightful place) I tackle the car with the vacuum cleaner. As I bend my way around the car seats in the back (it's a tight squeeze with three!) I always, without fail, have trouble comprehending the filth of it all. This diagramwill resonate with many of you, I'm sure. Nappy wipes over the dash and in the coffee cup holders ensures the surfaces are good for the next month or so.»


Concordo tanto com os primeiros parágrafos. Entra como resolução minha, fruto destas duas semanas em casa.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

carta ao joão



meu querido joão,

esta carta serve para te explicar algumas coisas que eu quero deixar escritas agora, para tu leres mais tarde. algumas destas coisas já te disse mas quero mesmo que as saibas daqui a uns anos e que nunca te esqueças delas. 

estes dois meses foram difíceis, diria mesmo que alguns dias foram muito duros, principalmente para ti e para mim. a verdade crua, meu querido, é que estou cansada, quase esgotei a bateria, a física e a emocional nesta coisa que é exercer a maternidade a solo. 

como sabes o pai faz vinho e todos os anos por esta altura enche-se de horários loucos, centenas de quilómetros portugal acima e portugal abaixo, noites fora, viagens de avião e dias inteiros fora, sem fins-de-semana. são mais de dois meses de agitação e desafios. para ele também, porque cada vez é melhor naquilo que faz, o que me deixa orgulhosa. também vais sentir isso daqui a uns anos, aliás já o demonstras bem quando dizes que queres ir para o trabalho do pai fazer vinho. ele precisa saber disso, joão, precisa de saber que nós o apoiamos e que gostamos mais dele ainda. 

mas tudo o resto fica comigo. as refeições, as boleias, as intermináveis pilhas de roupa e de loiça, a natação e a escola, as birras, os banhos, as reuniões de pais, as asneiras, as brigas. é uma gestão emocional brutal, e eu, que até aqui tinha levado as vindimas pacificamente, nesta 11ª edição cedi. e ao ceder, não tenho a mínima vergonha de o admitir, quem levou por tabela foste tu. tu que já falas e sentes e reclamas. tu que já és uma mini-pessoa. e às vezes eu esqueço-me disso e faço algumas coisas que não devia fazer. porque tu já percebes tudo e ficas zangado comigo. 

quero pedir-te desculpa pelas palmadas que te dei, a mão foi mais rápida que a minha cabeça e eu precisava de deitar a frustração cá para fora. 'não se bate, mãe' dizes tu com um ar muito sério. tens razão, joão, não se bate. e a mãe bateu-te mais do que queria, as quatro ou cinco palmadas que levaste pelos pulos do sofá ou pelos empurrões ao teu irmão são sempre a mais. 

ontem na escola ficaste a pensar na vida, sentado num banco, a versão moderna dos castigos, porque bateste nuns quantos colegas com os carros. e fizeste xixi nas cuecas duas vezes. isto para mim, ao ver-te chorar quando me viste a chegar à escola, foi um aviso, daqueles sonoros e luminosos que não conseguimos mesmo ignorar.

precisas de mimo, precisas de colo, precisas de mim e do pai. e também precisas do mano, eu sei, porque assim que te levantas da cama vais espreitar a cama dele. 

vou-me esforçar ainda mais, vou-te abraçar mais ainda, dar-te mais beijos, berrar baixo e não ameaçar. quero levar-te na boa, sem tensão, com muita cumplicidade e empatia. 

nunca te esqueças que, tal como na fotografia, vou olhar sempre por ti e para ti, sempre, mais infinto e mais além.*

* - agora andas na fase do buzz lightyear, por isso é uma piada de agora. 

terça-feira, 28 de abril de 2015

nostalgia, nostalgiaaaaaa

desde a semana passada que estou nostálgica em relação ao francisco.
de repente olhei para ele e já não vi um recém-nascido indefeso e minúsculo. 
de repente já vai fazer quatro meses, já palra imenso, faz barulho, está acordado várias horas, brinca com as mãos e chuca no dedo. 
de repente guardo (para sempre?) a roupa mais pequenina e dá-me um aperto no coração - ele NUNCA mais vai vestir aquelas roupas. esta palavra maiúscula assume um peso brutal na minha cabeça.

não consigo mesmo admitir que este será o meu último bebé. não consigo e não quero. pensar que não volto a estar grávida, que a barriga não volta a tapar os pés, que não volto a usar as calças confortáveis e a camisola às riscas, que já não vou andar à pinguim, não são coisas que me façam feliz. não consigo mesmo assumir que este é o meu último bebé. é definitivo demais. 

mesmo as manhãs caóticas, em que todos os dias penso 'como é que isto vai ser quando recomeçar a trabalhar?', não me tiram a ideia. mesmo as birras e desafios do joão, que me fizeram perder a cabeça nos últimos dias, não me demovem. 

é um bocado como fazer uma tatuagem, comprar uma casa, morrer alguém. são coisas tão definitivas que assustam. (sim, há solução para as duas primeiras, mas isso não interessa nada aqui).

e o estranho que é estar a falar já nisto?

quarta-feira, 1 de abril de 2015

eu não sou galinha

no outro dia em conversa com a minha irmã, sobre a família em geral e os estilos de parentalidade em particular, ouvi dizer que estava muito surpreendida comigo, com a minha maneira de lidar+educar+criar+estar com os filhos.
ela achava, dada a minha maneira de ser organizada e objectiva, metódica vá, que eu fosse ser mãe-galinha, mãe-stressada, mãe-ninguém-toca-nos-meus-filhos. sempre me teve por dona do meu nariz e achava que isso ia passar para a parte de mim que ia ser transformada em mãe. mas que, pelo contrário, eu estava super cool (gosto de pensar em mim como uma mãe super cool), que deixava os filhos ir ao parque com os tios, que ia jantar fora sem eles, que ia de férias para o estrangeiro com eles, que não dizia que não aos programas que iam surgindo só porque 'ai meu deus, tenho um filho pequeno (ou dois)'. 
e eu gostei de ouvir.

já tinha pensado nisto algumas vezes. não me considero mãe-galinha. sou bastante descontraída no que toca aos meus filhos, seja com os banhos, com as sestas ou mesmo com as refeições. faz-se o que se pode, quando se pode e como se pode, é este o espírito. esta postura facilita-nos bastante a vida, porque nos deixa ir a todo o lado e permite conviver com toda a gente, independentemente da hora ou do dia da semana.
claro, que é tudo mais fácil se houver uma rotina estudada e testada, mas não é mesmo preciso tomar banho todos os dias... ou comer sempre a sopa. 
por acaso, esta questão dos banhos faz confusão à minha mãe, mas isso é outra história. 

eu só sou assim porque somos nós assim. porque o pai dos meus filhos equilibra perfeitamente as coisas, porque nos entendemos sem precisar falar, apesar de algumas perguntas parvas dele quando tem medo de tomar decisões importantes como comer mais bolachas antes de jantar. porque sabemos que é necessário relativizar, que é obrigatório ter paciência. 
no fundo, mantemo-nos com os pés na terra, sem grandes derivações ou sonhos lunáticos. e é bom assim. é bom dizer que sim aos convites para jantar a meio da semana, é bom planear férias de avião em família, é bom andar com o carro cheio de tralha só porque vamos passar o dia todo fora de casa e há que estar preparado para qualquer eventualidade. por isso há (quase) sempre mudas de roupa, água e bolachas, chuchas e ó-ós, brinquedos e chapéus. 

isto é uma grande aventura, longa, interminável até, mas é boa a valer.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

inicia-se hoje uma maratona de mãe solteira. não, ainda não é desta que o pai foi para outro hemisfério fazer a vindima. vai andar a passear pela europa e pelo país, o que também não é mau. quatro semanas de ausências, aviões, malas, feiras, jantares, apresentações e prémios. e ajuda da avó, claro! que eu sou forte e tal, e desenrascada e tal, mas não sou parva!




terça-feira, 26 de agosto de 2014

desabafo

sinto que estou em falta com estes escritos, comigo, com ele.
o tempo, apesar dos dias compridos, parece andar a correr, tantas são as ocupações que arranjamos, os recados, as voltas.

as coisas acontecem, ele cresce e evolui a um ritmo A.L.U.C.I.N.A.N.T.E. e eu escrevo na minha memória, mas sei que ela vai falhar, mais tarde ou mais cedo, por isso é urgente passar tudo para aqui. 

joão, podes crescer mais devagar?
e já agora, verão, podes passar mais devagar?

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

agora, agora é fácil

cada vez mais me convenço que, agora, ser mãe é fácil. e este agora é o agora da idade dele, os 20 meses. para trás também foi fácil e acho que ainda tenho uns meses de fácil pela frente.
o que me preocupa mesmo é quando ele quiser ir aos festivais de verão, quando quiser ir sair à noite, quando for passar férias com os amigos, quando for viajar sozinho (interrail? tenho um ataque de coração!). ou quando, mais cedo ainda, me perguntar o que é a morte, se eu vou morrer, se ele vai morrer. 
estou preparada para as perguntar intermináveis e parvas, daquelas que dão uma boa conversa ainda que seja exasperante, como chegar ao pormenor porque é que as torradas ficam secas e quentes. já sei que são duas reacções químicas diferentes, ou porque é que as coisas molhadas ficam mais escuras. isso dá trabalho mas faz-se. agora, discussões sobre temas sensíveis, mortes e doenças ou conversas que mostrem que não somos invencíveis nem super-heróis, ou pedidos para sair com o meu carro à noite, essas sim, vão-me dar ainda mais cabelos brancos, enxaquecas e noites mal dormidas. 
porque nas primeiras, eu sei que ele ainda está comigo, é meu e me procura o meu colo e a minha sabedoria. nas segundas, eu sei que ele quer sair de mim, quer voar sozinho.
só quero que ele saiba e sinta que vai ter sempre lugar no meu colo e que até posso não saber a resposta para tudo ou não ter poderes para resolver tudo, mas vou fazer e dar o meu melhor.

sábado, 19 de julho de 2014

a promessa está a ser cumprida

enquanto os rapazes dormem a sesta da tarde, sim, porque esta manhã também houve lugar a sesta, a cena repete-se: mãe no computador. 
e vou pensando que não me importava de andar assim uns tempos. a ser mãe e a trabalhar (apenas) nas horas vagas deste trabalho que é sempre a tempo inteiro. parece contraditório mas não é.

eu gosto muito, mesmo muito do meu trabalho e já tive várias caretas apontadas por assumir que não deixaria de trabalhar para ser mãe. eu sou mãe a tempo inteiro, S-E-M-P-R-E! não é por fazer 30 km para ir trabalhar todos os dias que sou menos mãe. não é por assumir que gosto de trabalhar que sou menos importante e preciso de menos atenção ou que não me olhem como admiração ou, ainda, que não falem de mim. não percebo, mesmo, porque é que se dá tanta importância às chamadas MATIS (mães a tempo inteiro) e não se fala destas mães, que são/somos a maioria e que trabalham fora de casa. 

devo ser das poucas que o faz por opção, conheço talvez mais um ou dois casos. a maioria diz que gostava muito de ficar em casa com os filhos. eu não, atirem as pedras que quiserem. e, filho, se um dia leres isto, podes pedir explicações, se ainda não as tiveres.




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

um sentimento em forma de pergunta

já andava com estas ideias na cabeça há algum tempo. ou melhor, já me tinha sentido assim algumas vezes e não tinha ainda atingido com clarividência o que isto era/é.
hoje, assim de repente, no meio da cozinha, a preparar o jantar, acendeu-se a lâmpada:
 
porque é que eu tenho que abdicar do meu filho
para poder respirar?
 
 explico mais amanhã.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

[o melhor do(s) meu(s) dia(s)]

podia dizer que foram quatro dias de diarreia, de roupa suja, de pivete.
podia dizer que está a dieta e só quer comer sopa, pouco leite, boiões e água.
podia dizer que apanhou a primeira gastrenterite.
podia dizer que foram dois dias - o fim-de-semana- de birrinhas e de bebé enfegas, sem passeios, sem fotossíntese e sem pai.
podia dizer que não tratei de mim e que (quase) não respirei. podia...
mas posso dizer que fomos, pela primeira vez, ao oceanário, com família alargada e que ficámos uns bons 20 minutos todos (mesmo todos) sentados no chão a admirar o aquário central.
também posso dizer que subimos as escadas, pela primeira vez, sem ser ao colo, degrau a degrau com as pernitas ainda curtas demais para vencer o espelho mas com muita força de vontade.
posso ainda dizer que ele quis pôr as fraldas no lixo. sem eu dizer, sem eu pedir ou ensinar. ontem, apanhou a fralda e guiou-me até ao caixote do lixo e deixou cair a fralda lá para dentro. o meu coração de mãe deu um pulo e pendei 'mas como? como é que este piolho se lembrou de fazer isto?...'
e posso dizer que estivemos o dia quase todo de hoje embrulhados em abraços+colo+beijinhos. nunca o meu filho ficou tanto tempo quieto em cima de mim.
e ainda que tentou dizer chucha - disse tuta, disse várias vezes 'já está', e respondeu 'tá' a perguntas minhas.
e tudo isto enche(u) os meus dias.
 
venha a semana que estamos cá para ela.

ps: fiquei com um bebé menos redondo e que ontem eu só bebi chá e comi uma taça de cheerios, sem leite e um p~~ao - acho que a bicheza tentou atacar-me.
 
 
 

domingo, 1 de dezembro de 2013

entra dezembro...

... e temos/tenho tanto para escrever.
assim de repente, estamos no mês do natal, já passou uma semana desde que ele fez anos e a tia maria abriu uma loja. hei-de falar disto tudo com calma.
agora quero escrever que acabou o horário de amamentação, o que me dava direito a duas horas por dia, e por isso, estou a sair mais tarde e a entrar mais cedo, claro. de manhã não faz muito diferença, faz alguma, é certo, mas não faz muita. levanto-me dez mais cedo e acelero um pouco o passo. obviamente que não prescindo do meu pequeno-almoço vagaroso, prescidi foi de preparar a comida dele. deixo tudo encaminhado para o pai, que se tem safado muito bem - às vezes esquece-se da fruta mas não há problema... eh eh!
à tarde é que me faz mossa. estou a ir buscá-lo uma hora mais tarde. e uma hora por dia ao final de uma semana, são cinco horas, é uma tarde inteira ou uma manhã. faz mossa e faz saudades! ah se faz!
apanho menos trânsito de manhã e (muito) mais trânsito à tarde e isto de alterar o horário em pleno inverno, está-me a baralhar a cabeça. vou apanhá-lo de noite... de noite! e quando olho para o relógio ainda não são 18h30, mas é noite fechada. já disse que odeio a hora de inverno?!? não? fica dito!
 
estou (ansiosamente) à espera da aprovação da jornada contínua para voltar a sair às 16h30. melhor, melhor era não haver aumento de horário semanal e aí, sim, a vida era outra. saíria às 15h30... bueno, muy bueno!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

balanço #1

sem querer entrar em lamechices óbvias e próprias da data, quero dar-me os parabéns!
nem vou dizer que sobrevivi e tal, porque tinha a certeza que o ia fazer. também não vou dizer que foi difícil, que foi chato ou que foi um mar de rosas.
 
foi, sem dúvida, mais fácil do que esperava, preparei-me para bem pior. mentalizei-me que ia ter noites mal dormidas, que ia andar com olheiras até ao queixo, que ia estar sempre de mau humor, até imaginei as nódoas na roupa, e estas foram as únicas que apareceram. em 365 noites deve ter havido umas 5 que correram menos bem, em que ele acordou uma ou duas vezes.
a pior foi na véspera de embarcarmos para amesterdão, em junho. acho que ele sentiu que andava alguma tensão no ar e resolveu dar sinal disso, acordou umas horas antes, plena madrugada e só adormeceu no avião. depois dessa, quando esteve doente ou quando regressámos de londres, acordou por ter perdido a chucha ou por tosse ou simplesmente para ver que estávamos aqui.
não sei se é por (quase) todas as noites me mentalizar que ele pode acordar e por me precaver e ir dormir assim que posso - o que tem sido em média antes das 23h, a verdade é que não me sinto cansada, nunca me senti esgotada, desanimada, queixosa e despenteada.
continuarei a agradecer eternamente esta benção.
 
além das noites bem dormidas, tenho um bebé que sempre mamou bem e que, agora nos sólidos, continua a comer bem. aliás, comenta-se que é incrível a boa boca deste meu rapaz. runs in the family, i guess! eu como de tudo, o pai também, não somos nada esquisitos com comida, tanto marcha uma feijoada de javali, como uma massada de peixe, como um simples prato de sopa ou uns ovos mexidos. a diversidade faz parte, até na mesa. não é à toa que nesta altura el já tenha provado uma variedade enorme de coisas, sem torcer o nariz, desde frutas, legumes a carnes e peixes. é um descanso saber que posso desenrascar qualquer coisa que, por ele, come-se sempre.
mais uma coisa que tenho que agradecer eternamente.
 
ouvia e continuo ainda a ouvir dizer que bebé bolsado é bebé criado. o joão bolsava sempre que comia. muda roupa, muda babete, muda fralda de pano. um cheiro constante a azedo e a certeza que ia passar com a idade. terá sido a coisinha mais chata deste ano. mas passou. já lá vai. e hoje não me lembro do cheiro, mas lembro-me da chatice de mudar babetes e roupa. mas já passou. e ele cresceu bem criado, é verdade.
 
o pai diz que está é a fase mais gira, porque ele interage connosco, participa e faz-se ouvir. faz as suas graças e é feliz. sim, esta fase é muito gira. mas eu tenho tantas, mas tantas saudades de um bebé mini, de uma pessoa pequena pequenina que me caiba à medida nos braços. tenho tantas saudades dos sons de um recém-nascido, do peso e do cheiro. acho que, no fundo, queria é guardá-lo, desse tamanho, para sempre e só para mim. vê-lo crescer e tomar conta do mundo é uma alegria imensa mas faz o meu coração encolher.
 
se gostava de estar mais tempo com ele? claro que sim! mas também quero trabalhar, sem dúvida. se pudesse escolher, optava por trabalhar em part-time, de manhã. tinha tempo para viver a minha vida e a nossa vida. sem correrias, sem deixar coisas para trás, sem ter que fazer tantas opções. não me vou queixar porque estou com ele algumas horas ao final dia, mais uma benção. mas se pudesse escolher, multiplicava estas horas.
 
em relação às rotinas diárias, o que mais me chateia é a quantidade de tarecos de loiça que se suja para preparar a comida dele. pratos e pratinho, facas e garfos, colheres e tijelas. quando o jantar acaba tenho as duas cubas do lava-loiças cheias. viva a máquina de lavar que tem muito mais uso desde que ele nasceu!
a roupa não me chateia muito, gosto de escolher o que ele vai vestir e continuo a gostar de estender roupa e a não gostar de passar a ferro. ainda bem que tenho um rapaz, para não desgraçar o orçamento com tanta oferta que há. continuo a não perceber porque é que, de tantas marcas que surgiram nos últimos tempos, ninguém se agarra aos rapazes. já começam a existir coisas em cinzento e castanhos, lãs e malhas, vá lá, já não se aguentava tanta azul bebé. mas porquê tanta flor e tanto folho e tanto rosa? que exagero! sim, continuo a dizer que gostava de ter só rapazes.
 
por falar em roupa, descobri que tenho um fraco por roupa de bebé, tapa-fraldas em malha e fofos. eles ficam adoráveis. quando o joão começou a crescer, ali depois do verão, comecei a ter dúvidas do que lhe vestir. por um lado ainda era bebé, mas por outro, já tinha ar de rapaz e os fofos já pareciam desadequados. ainda não queria assumir o crescimento e andei ali uns meses em indecisões, numa mistela de estilos, entre o bebé e o rapazola. agora pende mais para o segundo, mas já cresceu mais e está quase a andar, as roupas práticas impõem-se. mas mesmo assim... humf, suspiro por roupa de bebé. mas continua-se a aproveitar e agradecer todos os empréstimos inestimáveis. permitem-me lavar apenas uma máquina de roupa por semana, tal é a gentileza dos primos e amigos.
 
indo até mim. sinto-me feliz, muito feliz, tudo no seu lugar. só falta mesmo uma casa melhor e maior. de resto, não mudo nada. este ano fez-me mudar de perspectivas e de objectivos, aliás, fez-me pôr os objectivos em perspectiva. há outros meios de alcançar a felicidade, e aqui entro na parte lamechas que reneguei no início, como por exemplo nas coisas pequenas do dia-a-dia. tenho absorvido cada dia e todos os dias, todos os pormenores, tudo o que vejo, sinto e faço. sinto-me a crescer e a melhorar. e é isso que quero.
 
houve alturas díficeis na vida a dois, um bebé é um teste do caraças, uma prova tramada de amor e paciência. mas com calma e muita conversa e partilha, sem cábulas ou copianços, acreditando sempre no amor, passámos ao próximo nível. e eu penso que passámos com distinção.
 
este ano foi intenso em descobertas pessoais e familiares. estou muito orgulhosa da minha+nossa prestação como mãe+pais, da nossa dinâmica, da nossa capacidade de adaptação. foi isto tudo que nos permitiu chegar aqui, viver as nossas vidas e fazer acontecer uma vida nova.
 
joão, adoro-te com todas as letras e vou dar o melhor de mim para que sejas feliz. 
diogo, amo-te com todas as letras e quero estar ao teu lado todos os dias.
 
 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

sabes que #7

sabes que influencias as crianças quando uma pequena de 5 anos e meio diz que não quer comer a sopa, tu provas e dás a provar e ela come duas colheres; depois diz que não quer mais e tu comes mais uma colher e repetes que gostas muito da sopa e se ela não quer mais, e ela vai e pede mais - 'está bem, pode ser, eu como mais uma'; e acaba por comer a sopa toda e espanta a própria mãe.
páras para pensar no 'poder' que tens, quando isto acontece. esta miúda mil vezes especial não é minha filha, mas eu tive a sabedoria e paciência de fazer as coisas assim e só peço que assim eu continue para todas as crianças a quem tiver que dar sopa.