segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

família maior que três

não expliquei mais no dia seguinte mas não deixei de pensar nisto.
o que eu queria dizer era que percebi que, às vezes, por causa de certas pessoas ou situações, tenho que deixar o meu filho, tenho que abdicar dele para não ficar ansiosa.
percebi que é melhor para mim, e para ele, eu sair de cena, seja da sala ou da cozinha. é melhor inventar coisas para fazer - se bem que em minha casa há sempre qualquer coisa para arrumar, por isso não é preciso inventar assim tanto - e ir respirar para outro lado. por outras palavras, tenho memso que me afastar dele.
porque algumas pessoas e situações nos põe à prova, servem mesmo de teste à mãe leoa que há em nós, à nossa capacidade de proteger os filhos.
é quase um deixa-os-fazerem-se-à-vida, porque na realidade ninguém lhe vai fazer mal, apesar de eles estarem inquietos e em stress. geralmente isto acontece em cenas familiares, com gente de roda dele, a minha vontade é tirá-lo de lá, tanta é a requisição, mas sei que não devo. e por isso vou-me embora, para outra divisão.
 
não acho que seja coisa de mãe galinha, é mesmo achar que não me faz bem estar inquieta ao pé dele. somos, por natureza, uma família (de três) muito calma, com a nossa orgânica própria, bem definida e coordenada. encaixamos bem e corre tudo sobre rodas, com (muito) poucos sobressaltos. em ambientes mais confusos, ou nos blindamos a isso, o que pode ser uma hipótese e até resulta, ou temos que arranjar maneiras de lidar com isso, o que é outra hipótese à qual eu reajo como já disse.
 
o que me aborrece é ter que sair para não ser bruta ou mal interpretada, para não dizer que não é assim que ele come, que não gosta que lhe façam isso, que quer é sossego em vez de tantos apertos e amassos. mal não lhe fazem, claro, mas implicam.
 
e isto é fazer parte de uma família maior que três.