segunda-feira, 22 de setembro de 2014

como tenho gerido as birras

já sei que os dois anos são assustadores, já sei que fazem birras e esperneiam e batem o pé e levantam a mão. e fazem caretas e reviram os olhos.
o que eu também sei e tento nunca me esquecer é que é tudo frustração e que o adulto sou eu. 
ok, e conto até dez, quando consigo, quando não consigo fico-me pelo três e tento dar a volta à situação.
o que mais me custa é contrariar a minha cabeça, que diz para o tratar como pessoa mais velha e instruída, que me diz para o pôr de castigo, para o mandar para o quarto pensar na vida. e de repente lá vem o velho instinto de levantar a mão e fazê-la aterrar num rabo que eu cá sei. contrariar a vontade de usar a força que ainda é maior que a dele para o obrigara a fazer o que eu quero, como seja, por exemplo, sentar-se na cadeira no carro quando parece que esta tem picos.
e assim andamos com birras mais ou menos teatrais, que consigo mais ou menos controlar, com muito paleio, muita conversa e consolo. fico orgulhosa quando resulta mas confesso já que é difícil funcionar assim e que dá muito trabalho.

só ainda não sei como lidar quando ele me levanta a mão para me bater. repreendo-o? a vontade primitiva é de lhe fazer o mesmo, tal como o truque para as mordidelas, mas não me parece que seja o mais adequado. sugestões?