terça-feira, 21 de outubro de 2014

calha a todos

têm acontecido coisas giras, muito giras e que, ao não registar imediatamente, quase que as perco. mas depois lá vêm à memória e vão ficando aqui para mais tarde alguém ter vergonha (ou não) de as ler.

no domingo de manhã, dom joão I entregue ao pai em brincadeiras, enquanto eu dava um jeito à casa. tarefas bem distribuídas portanto... de repente oiço o pai a dizer 'vem cá ver o disparate que o teu filho fez.' intercalado com ' joão, isso não se faz!'. revi rapidamente os últimos segundos na minha cabeça e confirmei que 1) ninguém tinha gritado 2) não ouvi o som de coisas a partir. menos mal... 
fui ter ao quarto dele e deparei-me com uma montanha de roupa, mais precisamente o equivalente a duas gavetas grandes daquelas cómodas do ikea, no meio do chão. o joão ora se deitava na roupa, ora tentava 'arrumar', divertido, claro.
quando ralhei com ele, fez ar de gozo mas atento, acho que percebeu porque depois começou a pôr a roupa em cima da cama. tinha eu dobrado e organizado tudo direitinho, a colecção outono-inverno prontinha a ser usada, e pimba, tudo espalhado no chão.
respira, porque 1) ninguém se magoou e 2) não se partiu nada.

ontem a minha mãe foi dormir lá em casa porque o metro resolveu fazer greve novamente. tudo muito útil para nós, porque temos ajuda. 
o puto resolveu acordar por volta da meia-noite, desperto que nem uma alface, a achar que era manhã, pois estava a pedir papa. eu bem o trouxe para a minha cama, enrolei-me e fechei os olhos. e quando abria uma nesga, só via a sua cara fofinha, bolachuda e risonha 'mamã, papa'. o pai trouxe leite e ele acabou por ficar calado e depois de algumas voltas lá adormeceu.
eu já estava à espera de uma noite mal dormida, com pontapés e tabefes, porque ele gosta de dormir para o meu lado, deixando o pai na outra ponta da cama, sereno e sossegado.
mas, surpreendentemente, não acordei mais vez nenhuma. levantei-me e comecei o dia. 
falei com o pai mais tarde que disse que dormiu muito mal porque levou pontapés e acordou a cada 'ai' do rebento.
calha a todos.