terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

tá certo, é quase carnaval

mais uma noite de forró... 
não berrou, não fez estrilho, nem tão pouco estava possesso. esteve naquele ram-ram de bolçado, ora cospe, ora engasga, ora está de olhos abertos a remoer. tão cansativo! 

são barulhos baixinhos a que o cérebro quase adormecido se habitua e entra em modo ignora-a-ver-se-passa. tenho para mim que isto é pior do que ter um bebé aos berros, porque nessa situação estamos completamente despertos, em modo missão. assim não, o corpo pede cama e almofada, pede quentinho e vamos apagando e acendendo a luz a um ritmo compassado, dizendo asneiras pelo meio, mas conseguindo fechar os olhos 30 segundos. não é pior?

inundou a roupa, as fraldas de pano, os babetes, sempre a sair aquela aguadilha esbranquiçada. já tinham passado mais de duas horas desde que tinha mamado, mas ainda tinha cenas para deitar cá para fora. será que o posso pôr a dormir num daqueles baloiços em que ficam de pé, pendurados? acho que só assim a gravidade conseguia conter o leite que este rapaz ingere. 

e os barulhos... ah, os barulhos são quase tortura. se não é a barriga, é o nariz entupido cheio de ranho ou um pigarrear que vem não sei porquê. o que mais me chateia é que dificilmente consigo dormir durante o dia, é muito raro fazer sestas, o corpo não pede apesar de o puder fazer. hoje como está de chuva vou tentar, leio um livro ou vejo um bocado de televisão enrolada numa manta, a ver se o sono desce sobre mim e consigo, pelo menos, dormitar uma ou duas horas. 

já li mais uns artigos sobre isto e vou tentar pôr em acção um plano de contenção de bolçado, mas quando leio que o auge deste tipo de coisa é aos 4 meses, até fico agoniada. 

ps: já disse ao pai para ir dormir para o outro quarto mas ele mantém-se fiel à sua cama. totó!