segunda-feira, 4 de maio de 2015

terceiro dia da mãe

depois do espírito tão altruísta do ano passado, este ano baixou em mim a carência afectiva e a falta de mimo.

continuo a ter a certeza que não gosto mais dos meus filhos neste dia, gosto todos os dias, mais um bocadinho. excepto quando há cocós nas cuecas ou tenho que acordar duas vezes à noite para dar de mamar, aí volto um bocadinho atrás.

mas este ano sinto-me pequenina, talvez seja mesmo só do tempo estúpido e chuvoso. talvez seja. mas honestamente ontem queria mais beijinhos, mais abraços e palavras especiais, que me trouxessem o sol que não se viu, que me tirassem as insónias e que não me fizessem adormecer triste. 

não são presentes, esses disse que não queria e continuo a dizer. mas um torrada com manteiga de manhã, uma flor do jardim em frente a casa, um 'deixa estar que eu arrumo a cozinha' ou 'obrigada mãe dos meus filhos' tinha sido perfeito. tudo pelo pai, claro, que os bezerros ainda não sabem ao que andam. mais tarde cobro deles.

vamos ver se me safo hoje na escola.