terça-feira, 28 de julho de 2015

Sou uma tola por estar a chorar num sítio tão bonito como este …

«Para mim retrata na perfeição aquilo que não conseguimos bem descrever nem perceber:
Quando alguma coisa é tão boa ou tão bonita que ficamos com o coração apertado e um nó na garganta. E claro, sentimos-nos tolos por ter vontade de chorar. Um choro envergonhado que tentamos disfarçar ou que ninguém veja. 
Mas, na verdade, não é tolo chorar de alegria.Claro que é mais fácil perceber o choro de tristeza e o riso de alegria. Pensamos nós, porque havemos de chorar de felicidade?  Se formos tentar perceber, depressa chegamos à conclusão que não choramos por uma alegria qualquer. Não choramos porque nos está apetecer imenso sair a noite e vamos. Não choramos porque temos uma boa nota. Não choramos quando nos dizem que somos bonitos ou que estamos mais magros.
Choramos quando nasce um filho.  Choramos quando reencontramos alguém de quem tinhamos muitas saudades. Choramos quando vemos uma cena bonita, muito bonita num filme (ou na realidade). Choramos ao ver um filho fazer qualquer coisa que nos enche de orgulho. Choramos quando estamos num sítio tão grandioso e bonito, que nos dá conta do pequenino que nós somos e da beleza do que os rodeia. Choramos se concretizamos um  grande sonho. Choramos de amor e por amor.
 No fundo, choramos de alegria quando o nosso coração fica cheio, tão cheio que o nosso corpo, baralhado com tão intensa emoção, não consegue identificar o que está a sentir e então chora. E  evita assim uma explosão interior. Porque na verdade, o que nos faz chorar é o amor e o coração a transbordar.

Diz uma investigadora nesta área que aqueles que choram mais facilmente de alegria são aqueles que quando vêem um bebé pequenino têm vontade de o pegar e abraçar.
Pois claro, agora já percebo. É o amor.»