sexta-feira, 18 de novembro de 2016

os clandestinos da vida


ontem fui jantar fora com uma amiga. 
numa jornada inédita, saí do trabalho, fui pintar as unhas de preto e fui ter com ela à zona do intendente/martim moniz. 
eu com sapatos de verniz, ela de all star, as duas de preto e branco e cheias de novidades boas para partilhar.
as escadas sinuosas e tortas, as paredes todas autografadas, subimos ao segundo andar porque o restaurante do segundo andar é melhor do que o do primeiro (!). é espantoso como em 2016, no epicentro cultural e étnico de lisboa existe um prédio com DOIS restaurantes chineses clandestinos. 
gostei da comida, do ambiente misturado de estrangeiros e clientes habituais, gostei da simplicidade das mesas e do serviço. gostei da comida. 
acima de tudo gostei da conversa. falámos tanto e tudo. coisas felizes, coisas menos felizes, coisas más. e percebi que do outro lado da mesa está alguém de quem gosto muito, uma amizade nova mas que é boa e que tanta falta me fazia.

obrigada, i., pelos abraços, pela partilha e por me teres levado a um clandestino.

ps: os putos ficaram com o pai, que pelo meio convidou um amigo para jantar, o mesmo que andamos a tentar juntar com esta amiga. ao chegar a casa e vê-lo a arrumar a cozinha, apaixonei-me novamente.