segunda-feira, 10 de abril de 2017

tens de levar comigo, tens, tens




«Bem sei que isso é sinal de confiança.
Ele sabe que eu o adoro sempre e em qualquer circunstância e, por isso, ousa dizer uma coisa aberração destas.
Uma criança que duvida do amor dos pais não irá pôr-se a jeito do que acha que ser uma verdade. Mas uma que está super segura pode dar-se ao luxo de nos ofender assim.
O meu é para lá de confiante. E o que mais me diz coisas destas. À bruta.
Já me disse que não gosta de mim, que quando eu morresse ia poder usar o meu telemóvel à vontade e que queria mudar de família. Tudo coisinhas agradavéis para começar o dia.
É preciso um grande ego para não ficarmos no lodo com estas ofensas. É tipo os comentários anónimos: ignoram-se mas fica sempre cá alguma coisa.
Bem miúdo, é assim:
Quer queiras, quer não, tens de levar comigo. Posso ter falhas, mas dizer-te não também é uma forma de amar. Aliás a uma enorme forma de amar.
Espero também cá andar tempo suficiente para te ver escrever recados (mais) amorosos e daqueles tipo: "deixe-me 10 euros para o autocarro" e até cartas de amor para a miúda que te vai levar de mim. E, já agora, só para avisar é muito provável que o meu telefone (se Deus quiser) morra antes de mim.»

já andava para escrever sobre isto e aqui está resumido o que eu acho e sinto.
sempre que ele me testa a dizer coisas feias, continuo a responder que gosto dele na mesma e ele vai desarmando, mas sei que um dia vai dizer isto com (mais) intenção e tensão e aí vai-me doer a sério.
para já, apetece esborrachá-lo de beijos e rir.