quarta-feira, 17 de julho de 2013

finalmente consigo estar uma noite na varanda, sem vento, com uma temperatura decente e sem humidade a entrar pelos ossos.
e isto faz-me ficar nostálgica. tenho pensado muito nos bons, nos maravilhosos e nos incríveis momentos que passei nesta praia. são 33 verões, 33 anos de histórias e recordações. e é uma emoção muito grande, uma alegria desmedida trazer o meu filho aqui e começar também a criar novas memórias. 
tenho pensado nos meus avós. nas partidas às 6h da manhã, com o meu avô de calças de ganga, na paragem em mértola para o café, na travessia se barco desde vila real antes da ponte ser construída em 1991, nos jogos de cartas do meu avô com moedas de uma peara guardadas numa lata de nesquick, nos vestidos de verão da minha avó e nos almoços que nos fazia, na casa cheia de gente, na praia só para nós antes de haver estradas asfaltadas. tenho pensado na minha mãe, irmãos, tios e primos. nos quiosques antigos da olá, nas bóias, na apanha de conquilha, nas primeiras saídas à noite, nas fiestas, na loja de brinquedos forrada de playmobil e barbies onde escolhíamos os presentes de natal e que há muito desapareceu. no choco frito e no cemitérios de alforrecas e nas noites passadas a namorar sob as estrelas... é impossível caber tudo aqui. é mesmo impossível, de tão bom que é. e por isso repito: o meu coração quase explode por o primeiro mergulho do meu filho ter sido nesta praia. 

ps: este ano esta casa comemora 40 anos.